Para melhorar gestão, PBH propõe assumir direção do Sofia Feldman

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
23/02/2018 às 20:41.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:33
 (Mariana Durães)

(Mariana Durães)

As doações ajudam, mas não resolvem, em definitivo, os problemas enfrentados pelo Sofia Feldman. Diretor técnico-administrativo da maternidade, Ivo Lopes diz ser necessário o aumento da verba repassada. 

Até isso acontecer, o atendimento ficará reduzido. “Não posso receber, por exemplo, prematuro com necessidade de usar a substância surfactante (medicamento), que custa R$ 100 a ampola”. 

As limitações financeiras inviabilizam, inclusive, o acolhimento de gestantes de risco vindas de outras cidades. Por falta de estrutura para atender a esses casos, cerca de 300 municípios com menos de 15 mil habitantes encaminham as mulheres para o Sofia Feldman. “Estamos em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte e com o Estado para tentar mais recursos. O déficit que temos é de R$ 1,5 milhão”, conta Ivo. Os gastos para manter o hospital chegam a R$ 6,5 milhões. Do montante, o que é repassado fica em torno de R$ 5 milhões. 

Uma alternativa que está sendo estudada é a possibilidade da PBH assumir a gerência da parte financeira do hospital. A princípio, a proposta, feita pelo Executivo na semana passada, foi aceita pela diretoria. Mas, ainda falta o posicionamento do conselho responsável pela instituição.

“A ideia é melhorar a gestão. A prefeitura assumiria a direção executiva e o Sofia manteria a diretoria técnica”, explica o secretário municipal de Saúde de BH, Jackson Machado Pinto.

Ele diz que o objetivo é levar mais recursos para a unidade de saúde e, principalmente, cortar gastos desnecessários. “Queremos racionalizar os custos. Temos uma equipe altamente qualificada para isso, com experiência de gestão nos hospitais do Barreiro e Odilon Behrens, por exemplo”. 

Braços cruzados

Enquanto não há definição sobre o novo modelo de[/TEXTO] administração, 40% dos 1.200 trabalhadores do Sofia estão em greve há cerca de 20 dias. Nenhum deles recebeu o décimo terceiro, e o salário deste mês também está pendente. 
Para a metade dos trabalhadores foram pagos 70% do valor devido. Não há, de acordo com Ivo Lopes, previsão de quando a dívida com todos os funcionários será quitada.

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