Parentes e amigos de Cecília Bizzotto fazem protesto exigindo justiça

Do Portal HD com Pedro Rotterdan - Do Hoje em Dia
15/10/2012 às 20:08.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:15
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

  Mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e alunos da atriz Cecília Bizzotto, de 32 anos, que foi morta dentro de sua casa durante um assalto, fizeram um protesto contra a violência em Belo Horizonte. O ato ocorreu na noite desta segunda-feira (15), na Praça Floriano Peixoto, no bairro Santa Efigênia, região Leste de BH.   Alguns manifestantes estavam com camisetas brancas e com as mãos pintadas com tintas vermelhas, para simbolizar sangue. Os familiares da atriz usavam camisas brancas com a foto de Bizzotto. Todos pediram justiça e punição no brutal crime.   O tio da vítima, Cristiano Quitino, lamentou a barbaridade ocorrida com a sobrinha e disse que a família ainda procura entender o motivo do crime. Segundo ele, o pai da atriz, que era conhecida como Ciça, conseguiu entrar na casa onde aconteceu a tragédia, mas a mãe dela ainda não teve forças para ir ao imóvel. Eles estão hospedados na casa de amigos.   O convite ao manifesto foi divulgado nas redes sociais. “Começamos a manifestação de forma bem espontânea e conseguimos a adesão de centenas de belo-horizontinos, indignados com a violência que tirou não só a vida de Ciça, mas também de milhares de pessoas”, diz o diretor de teatro Marcelo Bones, amigo e primeiro professor de artes cênicas da atriz.   Relembre o crime   Cecília morreu após ser baleada em um assalto dentro de casa, na madrugada de domingo (7), no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul da capital mineira. Segundo a polícia, ela estava chegando na residência, acompanhada do irmão e da cunhada, quando três assaltantes armados abordaram a família.   As três vítimas foram rendidas e obrigadas a entregar pertences pessoais, como computadores, dinheiro, aparelhos eletrônicos dentre outros objetos de valor. Cecília teria dito aos bandidos que eles não guardavam dinheiro em casa.   Os assaltantes perguntaram sobre um cômodo fechado, mais afastado do resto da casa, e a jovem disse que era um quarto alugado. Ela foi obrigada a ir até lá com os bandidos. Segundo os policiais, tudo indica que Cecília tentou acionar o 190 pelo celular. Ao perceber a ação, um dos suspeitos atirou contra ela, que não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. O corpo foi encontrado em um sofá com um tiro no peito e uma marca na testa, possivelmente provocado por uma coronhada. Os suspeitos fugiram e até o momento não foram presos.   O corpo de Cecília foi sepultado, sob calorosos aplausos, no cemitério do Bonfim, região Noroeste de BH, um dia após o assassinato.

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