Parques estão com serviços comprometidos por falta de combustível

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
02/12/2014 às 08:00.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:14
 (Editoria de Arte )

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Criadas para preservar ecossistemas naturais de grande importância ecológica, as unidades de conservação de Minas estão passando por um problema inusitado que pode prejudicar a operação dos parques. Por serem áreas de grande extensão, o trabalho de fiscalização e manutenção precisa ser feito com o auxílio de veículos, usados para locomoção dos funcionários. Acontece que o fornecimento de combustível foi cortado há mais de dez dias e os impactos já são sentidos em diversos locais.   No Parque Estadual do Itacolomi, na região Central, os carros e motos usados no dia a dia da unidade já estão parados desde a semana passada. Até as marcações de visitas começaram a ser reduzidas por falta de estrutura.    “Se acontecer algum acidente na trilha ou qualquer outro imprevisto, vamos depender do atendimento dos bombeiros. Isso sem contar que vários serviços importantes não estão sendo realizados por falta de condições de locomoção”, descreve o gerente da área, Juarez Távora.   O cenário poderia ser ainda pior se o período chuvoso não tivesse começado. “Se fosse em época propícia de incêndios, os prejuízos seriam ainda maiores. De qualquer forma, a situação precisa ser resolvida porque não é possível cobrir uma área tão grande à pé”, explica Távora. O parque conta com seis veículos, sendo quatro carros e duas motos.   POR TODO LADO   A situação do Itacolomi, que não tem data para ser resolvida, se espalha por todas as unidades de preservação no Estado. Algumas conseguiram se planejar, evitando que a fonte secasse completamente, por meio de uma espécie de racionamento.   “A gente tem combustível suficiente apenas para mais um abastecimento. Tem locais do parque que são distantes mais de três horas da sede e vão ficar desguarnecidos”, revela o gerente do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, José Roberto de Oliveira.   Para evitar problemas mais graves na área do Ibitipoca, o sistema de economia também é aplicado. “Estamos juntando os serviços de monitoramento e fiscalização, feitos em horários distintos, e executando todos juntos. Se a situação não for resolvida rapidamente, as conse-quências podem ser críticas porque isso compromete o trabalho”, prevê o gerente da unidade, João Carlos Lima.   No Parque Estadual do Rio Doce, onde são gastos, em média, 130 litros de combustível por dia, o racionamento também já foi implementado. “Fizemos um estoque de combustível mas, para isso, estamos diminuindo a demanda pelos veículos. Ainda assim, essa situação não se sustenta por muito tempo”, alega o gerente do parque, Vinícius de Assis Moreira.   Sem prazo   Em nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que “todas as medidas administrativas estão sendo tomadas para que o novo contrato seja efetivado e para que a situação seja regularizada o mais breve possível”.    Entretanto, a Semad não esclareceu se o contrato será renovado ou se outra licitação será realizada, e quando isso será feito. 

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