Parte dos servidores estaduais da saúde de Minas Gerais, em greve há 13 dias, não aceitou as propostas apresentadas pelo Governo do Estado. Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (6), apenas os trabalhadores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fehmig) decidiram deixar de lado a paralisação e retomar as atividades.

Eles serão os primeiros beneficiados da redução de carga horária para 30 horas sem impacto nos vencimentos, uma antiga reivindicação de diversas categorias da saúde. Inicialmente há uma "carta de intenção", segundo explicou a assessoria do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde), de que a partir de setembro inicie o processo de mudança.

Já os funcionários da Escola de Saúde Pública também deixam o movimento, mas não por concordarem com as propostas, mas por não fazerem mais parte da Secretaria de Estado da Saúde. Com a reforma administrativa que stá sendo implementada, eles ainda não sabem a qual secretaria irão responder e acham incorreto continuar uma manifestação contra a SES.

A Fundação Ezequiel Dias seguirá 100% paralisada, já que seus servidores não serão beneficiados, neste primeiro momento, pela redução de carga horária, entre outras reivindicações. Com isso, o único laboratório oficial de Minas teria sua produção interrompida, como por exemplo a de soro antiofídico, realizada exclusivamente em Belo Horizonte em todo o Brasil.

A análise de amostras para doenças como H1N1, dengue, zika, chikungunya e HIV - que já acumulava mais de 4 mil pedidos por causa da paralisação parcial dos trabalhadores  - agora vai parar completamente. Como laboratório de referência no estado, a Funed recebe amostras de material biológico para análise de todos os municípios do estado.

Leia mais

Governo do Estado aceita reduzir carga horária de servidores da saúde para 30 horas
Manifestação de grevistas da saúde complica trânsito na área hospitalar de BH
Servidores estaduais da saúde fazem manifestação na avenida Amazonas
 

Compartilhar