Passageiros opinam sobre privatização do metrô de BH

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
28/10/2015 às 06:52.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:14
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

A privatização do metrô de Belo Horizonte pode gerar aumento da tarifa e fechamento de estações que não tiverem a rentabilidade esperada na venda de passagens. É o que avalia a diretoria do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG). A proposta do governo de Minas é estadualizar o serviço para logo em seguida repassar a gestão, por meio de parceria público-privada (PPP).

O governo federal não se posiciona sobre essa possibilidade. Enquanto isso, os recursos destinados à ampliação da linha 1 e à construção da linha 2 do metrô de BH permanecem suspensos. As pessoas que usam o meio de transporte, por sua vez, acumulam queixas.

Nessa terça (27), o Sindimetro promoveu um “café com o usuário” na estação Eldorado, em Contagem, na região metropolitana, em busca de opiniões sobre a privatização do serviço. Nesta semana haverá urnas em todas as estações, para que os passageiros depositem os formulários da pesquisa.

“Temos experiências não apenas no Brasil, mas em outros países, de que esse modelo (de PPP) só beneficia o empresário. Nem o governo do Estado seria totalmente beneficiado”, afirma o vice-presidente do sindicato, Romeu José Machado Neto.

Para a presidente do Sindimetro, Alda Lúcia Fernandes dos Santos, a tarifa do metrô, que há cerca de dez anos custa R$ 1,80, pode chegar ao mesmo valor da de ônibus: R$ 3,40.

FALTA DEFINIÇÃO

O Hoje em Dia entrou em contato com o Ministério das Cidades para saber se houve avanços na negociação com o Estado. Mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

Nessa terça (27) pela manhã, o secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, concedeu entrevista à Rádio CBN de Belo Horizonte. Segundo ele, a liberação do dinheiro para ampliação do metrô está atrelada à definição sobre a administração do serviço em Minas. “O foco, hoje, é definir se vai ser do Estado ou se permanece com a União”, destacou. Ele afirma que “os recursos virão na sequência disso”.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) informou apenas que “as negociações para delegação de competência ao Estado de Minas Gerais estão em curso”.

Segundo a nota, “a modernização e ampliação da linha 1 até o Novo Eldorado, além da construção da linha 2 (Barreiro/Nova Suíça), cujos projetos já foram concluídos e compatibilizados com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), são as principais prioridades do governo de Minas em relação ao metrô da capital”.
 

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