Passageiros relatam dificuldade para pegar ônibus nesta terça em BH

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
29/05/2018 às 14:29.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:19
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Mesmo que a BHTrans garanta que o funcionamento dos ônibus em Belo Horizonte foram normalizados, não é difícil encontrar pontos na capital cheios de pessoas impacientes, à espera dos coletivos, nesta terça (29). Há relatos de quem chegou a ficar mais de 45 minutos no ponto.

Os usuários do 9410 (Sagrada Família/Coração Eucarístico) tiveram a paciência testada. Os ônibus estão saindo do ponto final de 30 em 30 minutos entre 9h e 16h, conforme informação de uma cobradora. Ivone Silva, que aguardava no ponto final da rua Júlio Otaviano Ferreira, no bairro Cidade Nova, contou que esperou por mais de 30 minutos.

"Cheguei no ponto para pegar o ônibus de 9h50 e já estava saindo um, mas uma senhora que estava lá me falou que ele tinha sido chamado pela garagem. Ela estava esperando desde 9h30 e não quis ficar (aguardando). O ônibus só passou às 10h20, quando, em horário normal, ele passa de 20 em 20 minutos", contou.

Houve grande espera também no bairro Serra Verde, em Venda Nova. A dona de casa Ana Maria dos Santos Pereira contou que a filha teve de esperar 40 minutos pelo ônibus da linha 638 (Estação Vilarinho/Minas Caixa) no horário de pico. Ela chegou ao ponto da rua Rodrigo Fernandes Santos às 6h45, mas só conseguiu pegar o coletivo às 7h20.

A estudante Francielle Oliveira chegou ao ponto final do 4205 (Ermelinda/Salgado Filho) com a esperança de pegar o ônibus previsto para sair às 12h05. “Mas fiquei esperando por 50 minutos, pois ele só saiu às 12h55”, disse.

Também há relato de problemas na Estação do Move na Pampulha. Ônibus da linha 50 (Pampulha/Centro) previstos para partir entre 12h18 e 12h31 não saíram. Os passageiros tiveram de aguardar pelo veículo das 12h36. 

A engenheira Carolina Marchezini não costuma esperar mais do que cinco minutos por um ônibus na rua Espírito Santo que a leve até o bairro Colégio Batista, onde mora. "Esperei por meia hora. E tem cinco linhas que me atenderiam", relata. 

De acordo com Francisco de Assis Maciel, presidente da Associação de Usuários do Transporte Coletivo de Belo Horizonte (AUTC), as empresas de ônibus da capital estariam aproveitando o momento de menor demanda para não cumprir os horários adequadamente. "Temos que denunciar o oportunimso das empresas, que possuem autonomia no abastecimento de combustível, mas reduziram os serviços para economizar. Como eles estão com tanques cheios, não há justificativa para a redução nas viagens", afirma. 

Segue normal

A BHTrans informou, por meio de nota, que a operação do transporte coletivo em Belo Horizonte, como anunciado, segue normal. Alguns veículos tiveram de ser remanejados, segundo a empresa. “No meio da manhã, alguns ônibus do sistema foram deslocados para reforçar o atendimento a Estações São Gabriel e Vilarinho em virtude do aumento da demanda pela paralisação da operação do Metrô. Algumas linhas, como as que fazem ligação com a Cidade Administrativa, foram suspensas em virtude da decretação do ponto facultativo pelo Estado. Após as 15h, o atendimento volta ao normal”, informou na nota.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) informou, por meio de sua assessoria, que alguns ônibus foram remanejados de suas linhas originais para atender à demanda surgida com a greve dos metroviários. 

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