(Luiz Costa/Hoje em Dia)
Centenas de integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) fazem protesto no Centro de Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (8), em repúdio ao aumento da tarifa dos ônibus na capital mineira. Desde domingo (3), a passagem saltou de R$ 3,40 para R$ 3,70, sofrendo aumento de 8,82%. Foi o terceiro reajuste em um ano.
O grupo se concentrou na Praça 7 e promoveu uma manifestação pacífica. Os organizadores estimam que aproximadamente 500 pessoas participam do ato, já a Polícia Militar calcula 300 pessoas. Além da capital mineira, o protesto ocorre simultaneamente em São Paulo e Rio de Janeiro.
Trânsito
Em BH, os manifestantes fecharam o trânsito na avenida Afonso Pena, no sentido Rodoviária, na avenida Amazonas, no sentido Praça da Estação, e na avenida Augusto de Lima, provocando um nó no trânsito na área central da cidade.
Militares que acompanham o ato informaram que os organizadores não traçaram rota para o protesto. Além disso, a PM informou que procurou por lideranças do MPL para explicar sobre a proibição de interditar todas as faixas das vias. Contudo, nenhum responsável foi indicado para negociar com a corporação.
"A polícia apenas acompanha o trajeto. Mas caso o impacto seja muito grande, vamos intervir, e sem conversar, uma vez que não identificamos lideranças", informou o comandante Marcelo Pinheiro, do Batalhão de Choque.
Segundo ele, a PM ainda não impediu a ação dos manifestantes, que fecham todas as vias, porque o trânsito não está sendo drasticamente prejudicado, por causa do baixo fluxo de veículos, em decorrência das férias.
Além da PM, a Guarda Municipal também tenta controlar o trânsito.
Protesto
No ato, os manifestantes gritam palavras de ordem, erguem cartazes exigindo que as tarifas sejam reduzidas e convocam a população para aderir ao movimento.
Eles também queimaram uma catraca feita de papelão e atearam fogo em uma lixeira na porta da sede da prefeitura.
Defesa
A subsecretaria de Polícia Social da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Ana Penido, acompanha o ato. "Não estamos aqui para controlar a PM. Mas havendo necessidade, em caso de conflito, buscaremos uma solução pacífica. A tarefa da PM garantir o direito de ir e vir das pessoas, respeitando a manifestação legítima".
Atualizado às 20h28