PBH abandona ideia de novo viaduto e propõe trincheira para Pedro I

Hoje em Dia*
16/10/2014 às 18:25.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:39
 (Eugênio Moraes/)

(Eugênio Moraes/)

No lugar de um novo viaduto, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) quer construir uma trincheira na avenida Pedro I, em Belo Horizonte, no trecho onde o elevado Batalha dos Guararapes desabou, em 3 de julho deste ano.   A solução viária foi apresentada no fim da tarde desta quinta-feira (16), em uma reunião entre membros da prefeitura e do Ministério Público. Além da passagem subterrânea, a proposta prevê ainda que o custo deverá ser equivalente ao calculado para a construção do viaduto sem ônus para prefeitura, ou seja, cerca de R$ 10 milhões.   A proposta foi acatada pelo MP e agora será apresentada para as empresas responsáveis pela execução e projeto do viaduto que desabou, a Cowan e a Consol, que deverão sinalizar se irão concordam ou não com a ideia. Caso não aceitem, elas podem ser acionadas na Justiça. Uma nova reunião entre as empresas, a prefeitura e o MP foi marcada para a próxima semana.   Segundo a prefeitura, a ideia é que a obra fique pronta em doze meses após seu início. O secretário de obras José lauro terror estima que a construção seja totalmente concluída até o fim do mandato de Marcio Lacerda, ou seja , em dezembro de 2016.   Para a execução da obra, o município terá que enviar um aditivo ao Ministério da Cidade e do Planejamento, alterando o tipo de obra que será feito no local, passando de viaduto para trincheira.   Desastre O elevado "Batalha dos Guararapes" caiu em 3 de julho, durante a Copa do Mundo, deixando dois mortos e 23 feridos. O trecho onde ocorreu a tragédia ficou interditado por quase 90 dias e só foi liberado após a implosão da alça norte da estrutura.   O desastre, segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, foi resultado de uma sucessão de falhas em todas as etapas de construção do elevado. O primeiro erro foi no cálculo do bloco de sustentação, que teve a quantidade de aço subestimada. Também foram constatados problemas no projeto, que não foi revisto pela construtora, tampouco pela Sudecap. Na execução da obra, foram feitas alterações sem anuência dos órgãos competentes. Além disso, rigores técnicos foram ignorados durante a retirada das escoras que sustentavam a estrutura.   *(Com informações de Gabriela Sales)

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