Pesquisa da Belotur revela que turistas pretendem voltar ao Carnaval de BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
23/03/2017 às 21:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:51

A Belotur divulgou nesta quinta-feira (23) uma pesquisa sobre o Carnaval de Belo Horizonte em 2017. Entre os dias 25 e 28 de fevereiro foram aplicados 1.299 questionários, em 11 blocos de rua. Com uma margem de erro de 2,7%, o levantamento analisou dados socioeconômicos, hábitos de consumo e gastos do folião, avaliação da infraestrutura, serviços oferecidos pela cidade, bem como sua satisfação em relação ao evento.

De acordo com o estudo, a maioria dos visitantes (78,6%) e dos moradores (76,8%) avaliou que o evento superou ou atendeu plenamente suas expectativas, manifestando alta satisfação com a experiência vivida no carnaval da cidade. Entre os visitantes que declararam ter participado em edições anteriores, 66,3% afirmaram que o evento melhorou e mais de 90% têm a intenção de retornar em 2018. Assim como em 2016, a Pampulha foi o atrativo mais citado pelos visitantes que pretendiam visitar outros pontos na capital. Entre os fatores influenciadores para permanecer no município, o belo-horizontino destacou a questão financeira (17,2%), comodidade (16,9%), qualidade do evento (14,2%) e o custo-benefício (5,6%). 

A pesquisa também mostra que Belo Horizonte contou com um número recorde de visitantes durante o Carnaval de 2017. Participaram da folia, por dia, uma média de 845.963 pessoas, sendo 697.073 (69,4%) moradores e 148.889 (17,6%) visitantes, totalizando um fluxo de 3 milhões de foliões. A maioria (67,4%) dos visitantes veio do interior de Minas Gerais, seguido pelos estados de São Paulo (15,4%) e Rio de Janeiro (5,3%). O aumento da presença de turistas na cidade foi de 240% em relação a 2015. 

Os visitantes participaram, em média, de 3,6 dias no Carnaval e tiveram um gasto médio diário, per capita, de R$ 171,30, totalizando um gasto médio de R$ 607,47 durante todo o evento. Desse modo, o Carnaval de 2017 gerou uma receita turística direta para Belo Horizonte, estimada em R$ 91,8 milhões, o que significa um aumento de 459%, no período de 2015 a 2017, sem considerar os efeitos multiplicadores na economia da cidade. Já os moradores apresentaram um gasto médio durante todos os dias do evento de R$ 303,50, gerando uma receita direta estimada em R$ 255,6 milhões. 

A estimativa da movimentação financeira na hotelaria superou os R$ 6 milhões esperados e teve pico de 66,4% de ocupação no dia 26 de fevereiro. A taxa média da ocupação aumentou 12% em relação a 2016. A maioria dos turistas se hospedou em casas de amigos e parentes (84,7%), seguida de hotéis (9,8%) e casa própria ou alugada (4,2%). 

Entre os aspectos que mais agradaram os visitantes estão as pessoas (22,2%), os blocos de rua (18,7%), a organização (9,8%) e o clima de alegria e animação (9,3%). Já, entre os aspectos que os visitantes menos gostaram apareceram alimentos (22,7%), atrasos (22,2%) e banheiros (13,3%). 

Segundo o levantamento, tanto o turista como o morador aprovou, pontuando com 9,5, a manutenção do investimento da Prefeitura de Belo Horizonte no evento. Já a avaliação geral do Carnaval, em uma escala de zero a dez pontos, atingiu o valor de 8,3 pontos na opinião do turista e 8,1 pelos moradores. 

Os perfis socioeconômicos do morador e do visitante se assemelham. O turista, em sua maioria, é homem (53,4%), solteiro (83,8%), tem nível superior (36,6%), idade média de 30 anos e renda familiar mensal entre 5 a 10 salários mínimos (34,6%). O morador revela a maior parte sendo mulher (54,3%), solteira (64,8%), tem nível superior (40,7%), idade média de 33 anos e renda familiar mensal entre 5 a 10 salários mínimos (29,3%). 

Os moradores utilizaram como principal meio de transporte, para chegar ao evento, veículos particulares tais como carro ou moto (26,0%), seguidos de perto pelo uso dos aplicativos de transporte (25,9%), ônibus (17,8%), deslocamento a pé (14,1 %), metrô (10,2%) e táxi (5,8%). Já os visitantes optaram, em sua maioria, pelos aplicativos (37,7%), seguidos de deslocamentos a pé (20,2%), carros e motos (18,3%) e táxi (8,6%).  Vale destacar que o metrô trabalhou em horário estendido (três horas a mais do que o habitual) e atendeu mais de 887 mil passageiros no período. 

A pesquisa completa está disponível nos sites: www.belohorizonte.mg.gov.br e www.observatorioturismo.mg.gov.br 

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