Pesquisa inédita sobre equoterapia na terceira idade é realizada no Triângulo Mineiro

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
19/02/2018 às 06:00.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:26
 (Janaine Lage/Divulgação)

(Janaine Lage/Divulgação)

A equoterapia vem comprovando cientificamente, ao longo dos anos, a importância que tem no tratamento complementar de reabilitações física e mental. Em Uberaba, a 480 km de Belo Horizonte, a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) é pioneira ao desenvolver uma pesquisa com equoterapia em idosos saudáveis, apenas com alterações fisiológicas naturais do próprio envelhecimento.

A expectativa é disseminar os resultados mundo afora para que a equoterapia seja praticada como forma de prevenção e qualidade de vida. O estudo, iniciado há quatro anos, é inédito em todo o mundo e tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

O trabalho é liderado pela professora e pesquisadora Ana Paula Espíndula e conta com a parceria do também pesquisador Vicente de Paula Antunes, um dos pioneiros no estudo da equoterapia no Estado. A conclusão do trabalho se deu com 35 idosos de 60 a 79 anos, que participaram de todas as etapas definidas no projeto e assinaram o Termo de Consentimento. Segundo a pesquisadora, o estudo com idosos não é apenas inovador, mas também inédito.

Para avaliar o potencial equoterapêutico em idosos saudáveis, a equipe acompanhou os voluntários em 30 atendimentos, cumprindo as atividades de avaliação cardíaca, oxigenação sanguínea e pressão arterial em todos esses atendimentos, em cinco momentos: em repouso, no 1º, 15º e 30º minutos e em repouso final.

“Houve avaliação das atividades eletromiográficas no 1º, 20º e 30º atendimentos, com eletrodos de superfície, posicionados no tronco”, revela Ana Paula. A justificativa se deu para elucidar a terapia com a utilização de cavalos como um recurso para melhoria da condição cardiopulmonar, equilíbrio e tônus das pessoas idosas.

A pesquisadora explica que o movimento tridimensional do cavalo com a andadura ao passo é semelhante à marcha humana. “À medida que a idade avança, a maioria das pessoas passa a ter dificuldades na marcha, apresenta rigidez nas articulações e encurtamento musculares”, observa.


 

Melhorias
A pesquisa apresenta resultados bastante significativos: a frequência cardíaca se manteve estável, demonstrando que a equoterapia pode ser trabalhada com idosos sem sobrecarga cardiovascular. No 20º atendimento constatou-se um aumento crescente da musculatura e após o 30º atendimento houve melhoria considerável do equilíbrio e aumento da atividade muscular.

Ana Paula Espíndula afirma que o estudo traz boas perspectivas para a equoterapia também com idosos. “Queremos devolver à sociedade esse trabalho detalhado, por meio de nosso estudo e conclusões, com publicações internacionais”, revela a pesquisadora.

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