Pesquisa revela que primeiro contato com drogas ocorre entre 5 e 11 anos para 18% dos dependentes

Da Redação
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21/09/2017 às 14:22.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:40
 (Frederico Haikal / Arquivo Hoje em Dia)

(Frederico Haikal / Arquivo Hoje em Dia)

Uma pesquisa realizada com dependentes químicos adultos entre 24 e 39 anos de idade em Minas Gerais apontou que 17,8% iniciaram o uso da substância entre 5 e 11 anos de idade e 60,8% experimentaram pela primeira vez entre 11 e 17 anos. As informações são da subsecretaria de Estado de Políticas sobre Drogas, Patrícia Magalhães, baseada em pesquisa do Centro de Referência de Álcool e Drogas de Minas Gerais. 

A mesma pesquisa, segundo o vice-presidente do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de Belo Horizonte, João Francisco de Souza Duarte, mostra que 16,4% das pessoas com transtornos mentais fazem uso de álcool, maconha, cocaína e crack, totalizando 409 mil usuários de drogas só na capital.

Entre eles, 70 mil fazem uso abusivo ou dependente de maconha e 35 mil fazem uso abusivo ou dependente de cocaína ou crack. “Estamos diante de uma indústria que tem um poder muito grande. Se prender uma tonelada de maconha, não altera o perfil dos usuários de drogas em Belo Horizonte”, afirmou.

O tema foi discutido em uma audiência pública da Comissão de Prevenção e Combate ao uso de Crack e Outras Drogas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nessa quarta-feira (20).

Convocada a requerimento do presidente da comissão, deputado Antônio Jorge (PPS), a reunião teve por objetivo debater a realidade das escolas públicas frente aos desafios do consumo e do tráfico de drogas. Atualmente, 80% dos usuários engrossam as estatísticas de evasão escolar. 

Segundo o parlamentar, a legislação brasileira é muito permissiva no tocante à publicidade de bebidas alcoólicas, que, na sua opinião, é a porta que conduz ao uso e abuso de outras drogas. Ele defendeu a necessidade de políticas intersetoriais que foquem a escola como espaço de prevenção, argumentando que é na escola que os adolescentes estão mais permeáveis a novas culturas e comportamentos.

“O tráfico de drogas é hoje um verdadeiro complexo industrial, que utiliza tecnologias de mercado para ver onde crescer e como se especializar”, denunciou. O deputado defendeu projetos que induzam o jovem à prática de hábitos saudáveis.

* Fonte: ALMG

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