Pimentel libera R$ 26 milhões para combate à febre amarela; mortes suspeitas chegam a 38

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
13/01/2017 às 18:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:24

Após os casos supeitos de febre amarela subirem para 133 e os óbitos saltarem para 38, o governador de Minas, Fernando Pimentel, assinou dois despachos para liberar o valor de R$ 26 milhões para ações de enfrentamento ao surto da doença nos municípios atingidos. A assinatura ocorreu na tarde desta sexta-feira (13) em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, durante o seminário “Minas Gerais contra a Febre Amarela”, que reuniu 37 prefeitos da região.

Nesta sexta também foi publicado no Diário Oficial um decreto que declara situação de emergência nas 152 cidades que enfrentam o surto de febre amarela. A medida permite a aquisição pública de insumos e materiais, além da contratação dos serviços necessários ao atendimento da situação emergencial.

Por meio do mesmo decreto, Pimentel criou a Sala de Situação para monitorar os casos da doença no Estado. A sala será coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde e contará com a participação do Gabinete Militar do Governador, representado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, e pelas secretarias de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Em outra frente, a Polícia Militar disponibilizou 12 técnicos de enfermagem para auxiliar no trabalho de vacinação da população, sendo quatro para a região de Caratinga e oito para Teófilo Otoni. Além disso, a corporação disponibilizou cinco veículos do Batalhão de Meio Ambiente e Trânsito, que já atuam na região para as equipes das secretarias estadual e municipais de saúde transportarem as vacinas.

Esforços

Em discurso, Pimentel afirmou que o crescimento dos casos de febre amarela é sério, merece atenção e dedicação, mas ressaltou que não há motivo de alarme. De acordo com o governador, essa é a maior preocupação do Governo. “A febre amarela, que o Brasil julgava erradicada há 70 anos, se manifesta outra vez e mostra muita força nessa região aqui em Minas Gerais. É uma preocupação muito grande que nós temos para evitar que essa situação, que hoje é de atenção, não vire de emergência. As providências já estão sendo tomadas, mas nós não podemos esmorecer e não podemos vacilar. Hoje, essa é a mais importante questão para o governo do Estado”, destacou.

Ainda de acordo com Pimentel, apesar do momento de dificuldades financeiras enfrentado pelo Estado, o governo não vai poupar recursos no combate à doença. “A febre é uma doença com alto grau de letalidade. Então, a melhor forma de enfrentar é a vacinação, que é o que estamos fazendo agora em massa nos municípios em que a doença foi detectada. Temos que redobrar os esforços, não poupar recursos, não poupar tempo nenhum”, completou Pimentel.

Ações

Um dos despachos assinados pelo governador define como prioridade o investimento de R$ 11,6 milhões para apoiar e implementar ações de enfrentamento ao surto de febre amarela nos municípios das unidades regionais de Saúde de Coronel Fabriciano e Manhumirim, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), dos quais R$ 1,8 milhão será usado para a execução de ações de controle vetorial e de vigilância. 

Outros R$ 2,9 milhões serão aplicados em de ações de apoio de diagnóstico assistencial e laboratorial, assistência farmacêutica e qualificação da informação sobre a febre amarela na região. Por fim, R$ 6,9 milhões são referentes à segunda parcela do cofinanciamento do programa de Atenção Primária à Saúde, com o objetivo de fortalecer as ações de atenção primária no que diz respeito à intensificação da vacinação contra a febre amarela e no suporte para as redes de atenção à saúde no atendimento dos casos suspeitos e confirmados de febres hemorrágicas e febre amarela.

O segundo despacho prevê investimentos de R$ 14,4 milhões para apoiar e implementar ações de enfrentamento ao surto da doença nos municípios das unidades regionais de Saúde de Teófilo Otoni e Governador Valadares, pela SES. São R$ 2,2 milhões para ações de controle vetorial e de vigilância, R$ 3,2 milhões para a realização de ações de apoio diagnóstico assistencial e laboratorial e R$ 9 milhões da segunda parcela do cofinanciamento do programa de Atenção Primária à Saúde.

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