PM diz que dispersão de protesto de professores no Centro de BH obedeceu a critérios técnicos

Raul Mariano
rmariano@hojeemdia.com.br
23/04/2018 às 19:19.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:29
 (Sind-Rede/Divulgação)

(Sind-Rede/Divulgação)

A Polícia Militar esclareceu, em coletiva realizada na noite desta segunda-feira (23), que a dispersão dos manifestantes realizada durante a manhã, em frente a sede da Prefeitura de Belo Horizonte, na avenida Afonso Pena, obedeceu critérios técnicos e não foi ordenada nem pela PBH nem pelo governo do Estado.

Na ação foram usadas bombas de efeito moral, granadas de fumaça, jatos d'água e até spray de pimenta. Quatro manifestantes foram presos e, segundo a corporação, não houve feridos.

Segundo o comandante de policiamento especializado, Giovanne Silva, a ação da polícia foi técnica e obedeceu o protocolo padrão para esse tipo de situação. "Mesmo depois do fim do prazo combinado para desobstrução da via houve tentativas de negociação. Fizemos o uso moderado da força", afirmou.

O prefeito Alexandre Kalil afirmou em coletiva que "não manda na polícia" e classificou o ato como um movimento "político" e feito por um grupo que não representa a maioria dos professores. "A prefeitura foi avisada e organizou junto com a BHTrans o espaço para que os manifestantes viessem. Lamentavelmente, contrariando os interesses dos professores, o sindicato promoveu o fechamento total de uma das principais avenidas de Belo Horizonte. Foi uma ação premeditada, política", afirmou.

Por nota, o Estado informou que o governador Fernando Pimentel ordenou a abertura de uma sindicância para que "os excessos que venham a ser constatados sejam apurados e os responsáveis punidos".

Durante o embate, quatro pessoas foram presas por incitar a violência. 

A manifestação começou por volta das 8h30, com uma assembleia na Praça da Estação. Depois, os professores saíram pelas ruas da cidade até a porta da PBH. A principal reivindicação é a equiparação de salário com os professores do Ensino Fundamental, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH).

Projeto de Lei

A melhoria salarial para os professores da educação infantil depende da aprovação do Projeto de Lei 442/2017, que tramita na Câmara Municipal, de acordo com o secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis. 

Na proposta, os professores com nível superior poderão ganhar até 3 níveis na carreira e ter um ganho de até 15% no salário. De acordo com Reis, os valores médios pagos a professores com carga horária de 45 horas semanais atualmente são R$ 3.409,05, para ensino infantil, e R$ 7.522,39, para ensino fundamental. 

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