Polícia caça mais nomes por trás da ‘guerra’ no Aglomerado da Serra

Tatiana Lagôa
lagoa@hojeemdia.com.br
18/09/2017 às 20:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:37
 (Tatiana Lagôa)

(Tatiana Lagôa)

A megaoperação que visa acabar com a guerra de facções no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de BH, não vai parar com a prisão de 19 adultos e a apreensão de seis menores efetuadas de maio até o momento. Agora, a ação entra na fase de identificação de novos integrantes das gangues Pau Comeu e Del Rei e a busca por três foragidos já com mandados de prisão expedidos.

Os dois grupos estão em confrontos acirrados há quatro meses, mas os conflitos se intensificaram em julho, tomando proporções “impraticáveis” em agosto, conforme a delegada Cláudia Marra, uma das responsáveis pela operação. 

Na última sexta-feira, uma ação conjunta envolvendo mais de cem homens das polícias Civil e Militar foi realizada no aglomerado. O objetivo era concretizar 17 mandados de busca e apreensão domiciliar, 22 de prisões preventivas e três apreensões de menores. No dia, foram levadas oito pessoas para a cadeia e detidos três menores. 

Números

De maio para cá, 25 pessoas foram presas, incluindo os menores. Porém, segundo a delegada, o número vai subir já que as investigações seguem no sentido de descobrir outros integrantes das gangues. Durante as investigações, foram identificados 16 integrantes da facção Pau Comeu, localizada na Vila Nossa Senhora Aparecida. Todos foram levados para a delegacia, incluindo o chefe do bando, o “Joninha”. Do total, dez adultos e seis adolescentes. 

De acordo com a delegada Elyenni Célida da Silva, também responsável pelas investigações, os menores estão acautelados e aguardam julgamento para definição da medida socioeducativa a ser adotada.

Já na facção Del Rei, da Vila Nossa Senhora da Conceição, foram descobertos 12 integrantes, todos adultos. Até o momento, nove foram presos e três estão foragidos: um gerente do grupo, outro responsável pelas finanças e o braço direito do chefe da gangue, Rogerinho. 

Continuidade

Mesmo depois das prisões, o tráfico ainda segue no aglomerado. Tanto que ontem a PM descobriu um ponto de venda no local, segundo o tenente-coronel Webster Wadim Passos. 

Foram apreendidos 31 pinos de cocaína, um revólver calibre 38, munição, além de um rádio-comunicador. “O trabalho de combate ao tráfico tem que ser constante. Lá é uma cidade praticamente com várias gangues atuantes”, afirma. 

A expectativa é que pelo menos os confrontos entre as duas facções sejam reduzidos com a prisão dos principais integrantes, na visão da delegada Cláudia Marra. 

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