(Mariana Durães/Hoje em Dia)
A Polícia Civil fechou o que acredita ser a maior fábrica clandestina de linha chilena em Belo Horizonte e, provavelmente, do Estado. A investigação, que visava coibir o comércio do produto no hipercentro da capital mineira, foi intensificada após a morte de um menino de quatro anos, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ao localizarem pequenos revendedores, os policiais acabaram chegando à fábrica, no bairro Vista Alegre, região Oeste de BH, que funcionava há três anos.
Além de 50 mil metros da linha chilena, também foram apreendidos 11 maquinários e 74 frascos de cerol e pó químico de mistura de vidro. A dona do estabelecimento, uma mulher de 43 anos, foi presa em flagrante na sexta-feira (4), mas foi solta no sábado (5), após pagamento de fiança. Segundo o delegado Rodrigo Damiano, a mulher alegou que este era seu modo de renda e que "não via problema no comércio, já que muitas pessoas compravam (a linha)".
De acordo com a polícia, não há estimativa de produção diária ou mensal, por conta do caráter clandestino da fábrica. No entanto, os delegados afirmaram que a capacidade é imensa, já que o maquinário encontrado no local tem três rodas para a produção industrial. Também por isso, não se sabe quanto de dinheiro era movimentado, mas cadernos, do que o delegado Damiano chamou de "contabilidade rústica", serão enviados para a perícia.
Quatro vezes mais cortante que o cerol, a linha chilena é feita de uma mistura de cola, pó de quartzo e óxido de alumínio. Para serem mais atrativas para os consumidores, já que são normalmente utilizadas por crianças para "batalhas de pipa", a dona do estabelecimento pintava a linha com tintas coloridas.
Mariana Durães/Hoje em Dia
Material apreendido na fábrica clandestina usado na produção da linha chilena
Leia mais:
Guarda Municipal distribui antenas de proteção contra linha com cerol para motociclistas
PM faz operação de combate ao cerol em BH neste sábado
Polícia fecha fábrica clandestina de linha chilena em BH