Polícia Civil fecha fábrica clandestina e apreende 50 mil metros de linha chilena em BH

Mariana Durães
08/08/2017 às 16:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:59
 (Mariana Durães/Hoje em Dia)

(Mariana Durães/Hoje em Dia)

A Polícia Civil fechou o que acredita ser a maior fábrica clandestina de linha chilena em Belo Horizonte e, provavelmente, do Estado. A investigação, que visava coibir o comércio do produto no hipercentro da capital mineira, foi intensificada após a morte de um menino de quatro anos, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ao localizarem pequenos revendedores, os policiais acabaram chegando à fábrica, no bairro Vista Alegre, região Oeste de BH, que funcionava há três anos. 

Além de 50 mil metros da linha chilena, também foram apreendidos 11 maquinários e 74 frascos de cerol e pó químico de mistura de vidro. A dona do estabelecimento, uma mulher de 43 anos, foi presa em flagrante na sexta-feira (4), mas foi solta no sábado (5), após pagamento de fiança. Segundo o delegado Rodrigo Damiano, a mulher alegou que este era seu modo de renda e que "não via problema no comércio, já que muitas pessoas compravam (a linha)". 

De acordo com a polícia, não há estimativa de produção diária ou mensal, por conta do caráter clandestino da fábrica. No entanto, os delegados afirmaram que a capacidade é imensa, já que o maquinário encontrado no local tem três rodas para a produção industrial. Também por isso, não se sabe quanto de dinheiro era movimentado, mas cadernos, do que o delegado Damiano chamou de "contabilidade rústica", serão enviados para a perícia. 

Quatro vezes mais cortante que o cerol, a linha chilena é feita de uma mistura de cola, pó de quartzo e óxido de alumínio. Para serem mais atrativas para os consumidores, já que são normalmente utilizadas por crianças para "batalhas de pipa", a dona do estabelecimento pintava a linha com tintas coloridas. 
 Mariana Durães/Hoje em Dia

Material apreendido na fábrica clandestina usado na produção da linha chilena

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