(Reprodução Facebook)
A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou nesta quinta-feira (27) um inquérito para apurar a morte do torcedor do Cruzeiro Eros Dátilo Belizardo, de 37 anos, que morreu nesta quarta-feira (26) durante a partida entre Cruzeiro e Grêmio no Mineirão, em Belo Horizonte.
A corporação informou que a equipe de investigação será coordenada pelo delegado Luis Otávio Mattozinhos, que já iniciou as investigações e irá ouvir testemunhas nos próximos dias.
Com base em relatos de testemunhas, a suspeita é de que a vítima tenha se envolvido em uma discussão com seguranças no local. Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela Polícia Militar, Eros, acompanhado de um amigo, teria tentado mudar de setor. Ao serem vistos por seguranças, os torcedores foram impedidos de seguirem adiante.
Houve confusão e, ainda segundo o relato de testemunhas à Polícia Militar, Dátilo teria sido agredido por um segurança que o teria imobilizado com uma chave de braço. O torcedor foi levado para uma sala no estádio, de onde saiu carregado por dois seguranças, que o encaminharam para a unidade de enfermaria.
Por conta da gravidade da situação, o torcedor foi levado com urgência para o pronto-atendimento do Hospital Municipal Odilon Behrens, onde foi constatada a morte. O segurança envolvido no caso foi conduzido para a Delegacia de Eventos dentro do Mineirão, prestou depoimento à Polícia Civil e foi liberado. Ainda de acordo com a corporação, equipes da perícia da corporação foram até o estádio.
O corpo de Dátilo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e passou por exames periciais. Segundo a diretora do IML, a médica legista Lena Lapertosa, o corpo apresentou sinais externos de trauma. No entanto, essas lesões não justificam a morte. Por essa razão, será necessário realizar exames anatomopatológico e toxicológico, procedimentos comuns para dianosticar óbitos. O prazo para conclusão dos exames é de 30 dias.
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