O caso da empresária Andrea Elizabeth Ferreira, 49 anos, desaparecida no último dia 20 e encontrada na noite de sábado (22), ainda não foi encerrado. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de Andréa ter sido vítima de algum tipo de crime.
Em coletiva na manhã deste domingo (23) a delegada, Cristina Coelli afirmou que a polícia encontrou vários indícios no carro da empresária que remetem a uma ação criminosa. O banco do veículo e o retrovisor estavam em posições diferentes as utilizadas pela empresária. O celular foi encontrado debaixo do banco dianteiro sem o chip. A vítima estava com a blusa rasgada nas costas e o veículo tinha várias digitais, marcadas com terra. A delegada também afirmou que o carro foi encontrado sujo de terra e com o tanque de combustível na reserva, sendo que, segundo a família, o carro estava limpo e abastecido em sua totalidade no dia do desaparecimento. “Os vestígios sugerem que ela foi vitima de um crime, mas ainda não temos como classificar o tipo. Já trato ela como vítima e não apenas como desaparecida”, aformou a delegada.
Por esses indícios a polícia solicitou exames periciais, dentre o de lesão corporal e o toxicológico para averiguar se a empresária foi ou não dopada. A quantia de R$ 300 que a família afirma que foi sacada pela empresária em um estabelecimento comercial, às 23 horas da última quinta-feira no bairro Alípio de Melo, região Noroeste, não foi encontrado no veículo, onde havia apenas R$ 10. “Nas imagens que conseguimos desse estabelecimento, mostram que ela entrou no local às 22h56 e saiu às 23h22, aparentemente normal e consciente”, comentou Cristina Coelli.
A delegada esteve no hospital para onde a empresária foi encaminhada e disse que a vítima está em estado de choque, em um quadro de surto psicótico. “De acordo com o médico que a atendeu ela está em surto e reconhecendo com dificuldade os familiares. Em 12 anos de profissão nunca encontrei um quadro como o dela. Andre está atemorizada e em posição de defesa”, conta. Ela foi encontrada na rua José Gomes Ferreira 380, bairro Amazonas, em Betim, desorientada e perguntando pelo cachorro. “Ela continua com um discurso desconexo e não foi possível entrevistá-la”, registra. Nos momentos em que conversou com a família, a empresária menciona o cachorro e também que foi cercada por cinco homens. “São frases desconexas, não sabemos se é delírio”, avalia.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, o delegado de Betim está aguardando o resultado do laudo para classificar o crime e direcioná-lo para a delegacia competente. O laudo da perícia deve sair na próxima semana.