Polícia Civil não descarta participação de mais pessoas em assassinato de grávida

Danilo Emerich - Hoje em Dia
01/07/2015 às 20:11.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:43

A Polícia Civil não descarta a participação de mais pessoas, inclusive com conhecimentos médicos, no assassinato da grávida Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos, que teve o bebê roubado da própria barriga, em Ponte Nova, na Zona da Mata mineira. É o que revela o delegado responsável pelo caso, Silvério Rocha, após a reconstituição do crime nesta quarta-feira (1º), com a mulher que confessou o crime, Gilmária Silva Patrocínio.   O policial civil informou que irá aguardar a conclusão dos laudos da necropsia e da perícia no local do crime. Ele vai somar os documentos aos depoimentos já colhidos e os que ainda devem acontecer nos próximos dias.   “Uma das questões levantadas é se Gilmária tinha conhecimento técnico para fazer tudo isso sozinha, inclusive fazer a cesárea improvisada. Ainda vamos confirmar se houve a participação, ou não, de mais pessoas”, afirmou o delegado Silvério.   A suspeita está detida em uma cela separada no presídio de Ponte Nova. A prisão temporária é de 30 dias, podendo ser prorrogada. Um morador de rua de 39 anos, que morava no mesmo imóvel abandonado, onde o corpo da grávida foi encontrado, também está preso.   Reconstituição   Gilmária Silva Patrocínio confessou ter matado a jovem nesta quarta. Ela afirmou ter feito tudo sozinha. O motivo seria para simular a própria gravidez, uma vez que tinha medo de perder o atual companheiro.   Na reconstituição, a suspeita contou que já conhecia a vítima e a atraiu com a promessa de dar presentes para o bebê. Ao chegar ao local, na Fazenda Estivas, a mulher bateu com um pedaço de madeira em Patrícia, que ficou desacordada. Em um imóvel abandonado, Gilmária amarrou a vítima e fez os cortes com uma gilete para retirar a criança e depois enrolou na placenta.    Após o fato, a mulher foi para casa em um táxi. Gilmária ligou para o marido, que orientou a mulher a chamar o Corpo de Bombeiros, comunicando o parto. Os militares foram ao local e encaminharam a suspeita para um hospital, onde foi constatado que ela não teria condições de dar a luz, uma vez que tinha feito ligadura das trompas. A partir daí, os médicos desconfiaram dela e chamaram a polícia.   De acordo com a Polícia Civil, Gilmária acabou assumindo a ação depois de ser confrontada pelos investigadores. Ela teria apresentado diversas versões para o caso, o que resultou em mais desconfianças sobre o envolvimento dela.   Descoberta   O corpo de Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos, foi encontrado nesta terça-feira (29) em uma mata na Fazenda da Estiva, na zona rural de Ponte Nova. A vítima estava amordaçada e com os pés e mãos amarrados. Ela tinha um corte profundo na barriga e o bebê da vítima desapareceu.   Patrícia estava grávida de oito meses e desaparecida desde a última sexta-feira (26), quando foi consultar no hospital da cidade. Imagens das câmeras de segurança da instituição de saúde mostram ela entrando e saído do hospital sozinha.

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