Polícia Civil pede arquivamento de inquérito sobre caso de Ana Hickmann

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
17/06/2016 às 16:22.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:56
 (Álvaro Castro/Hoje em Dia)

(Álvaro Castro/Hoje em Dia)

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que investigou o atentado contra a apresentadora Ana Hickmann e a morte do suspeito Rodrigo Augusto de Pádua, que teria cometido o crime. O caso aconteceu no dia 21 de maio, em um hotel no bairro Belvedere, Região Centro-Sul de BH.

O inquérito deve ser enviado à Justiça para avaliação e decisão do MP e da Justiça na próxima segunda-feira (20).

Ainda segundo o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, o inquérito mostrou que os tiros contra a cunhada de Ana Hickmann, Giovana Oliveira, na verdade eram para acertar a apresentadora, o que, de certa forma, mostra a intenção de Rodrigo. 

"Falar que ele queria matá-la é um pouco ousado, mas as provas e o contexto levaram a polícia a acreditar nisso", explicou o delegado Flávio Rossi. 

Durante o atentado, em uma luta corporal, Gustavo Correa, irmão do marido de Ana, acabou matando Rodrigo com três tiros na nuca. 

Nenhuma troca de mensagens de Rodrigo com Ana foi encontrada.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, o autor do atentado se informou sobre a agenda da apresentadora através das redes sociais e internet. "Ele inclusive tentou se cadastrar para entrar no showroom em que Ana iria, mas não obteve sucesso", esclareceu o delegado. 

A polícia informou também que no quarto de Rodrigo no hotel foram encontradas algumas anotações, em forma de planejamento, que mostravam qual era o plano de aproximação com a apresentadora, incluindo o local em que ela estava hospedada, o showroom em que ela iria e até o aeroporto. 

A investigação revelou que Rodrigo de Pádua chegou a fazer buscas na internet sobre o uso de possíveis detectores de metais no hotel. Além disso, ele consultou preços de armas e propriedades das munições e escolheu a 38, chamada SLP+, que é mais lesiva.

"Ele descreveu no Google, entre aspas, calibre 22 mata ou não? Isso pra mim é uma intenção bem clara", concluiu o delegado Flávio Grossi. 

O delegado explicou que somente uma arma foi encontrada no local e que o revólver, calibre 38, tinha o número de série raspado, o que impediu qualquer investigação sobre a origem da mesma. 

Não foram encontrados quaisquer sinais de que Rodrigo estava sob efeito de álcool ou drogas.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Civil, Rodrigo se hospedou no hotel na sexta-feira, dia 20 de maio, e no sábado abordou Gustavo Correa, empresário e cunhado de Ana Hickmann, no elevador. Com um revólver calibre 38 em mãos, o agressor obrigou Gustavo a levá-lo até o quarto que a apresentadora estava hospedada.

Segundo o capitão da Polícia Militar Flávio Santiago, o assessor da apresentadora começou a discutir com Rodrigo de Pádua sobre suas intenções. "Ele falava palavras desconexas e aparentava sofrer algum tipo de confusão mental", afirmou. O alvo da fúria do agressor seria a apresentadora, alvo de xingamentos e queixas confusas.

Ana Hickmann e Gustavo relataram aos policiais que, no momento da discussão, Rodrigo teria disparado duas vezes e acertado Giovana. As balas atingiram a assessora no ombro e na barriga. O empresário, então, começou a lutar com Rodrigo, tomou-lhe a arma e o acertou três vezes, inclusive na cabeça.

O capitão Santiago afirmou que, na sequência, o cunhado da apresentadora entregou a arma na recepção do hotel e pediu que a polícia fosse chamada.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por