Polícia Civil prende suspeitos de furtos e roubos de mil toneladas de silício

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
22/03/2017 às 20:12.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:50

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desarticulou uma organização criminosa especializada em realizar furtos e roubos de cargas de caminhões que continham silício. Até o momento, quatro suspeitos foram presos, dentre eles, Claudinei Santos Felix, Emerson Aurélio de Souza, Hermilio Pinheiro de Souza e Marcos Vinicius Jose Caetano. Juntos eles desviaram cerca de mil toneladas do metal.

Segundo a PCMG, três destes homens eram foragidos da justiça e possuíam mandado de prisão em aberto. Para não serem descobertos em possíveis blitzen ou em abordagens policiais, os eles utilizavam diversos documentos de identidade falsos. O único que não possuía mandado de prisão em aberto era Claudinei, que acabou sendo preso em flagrante, por ser considerado o responsável por ocultar os materiais de origem ilícita. O investigado é dono de um ferro velho de compra e venda de sucatas em Conselheiro Lafaiete, região Central de Minas, e ali as cargas roubadas eram movimentadas.

As investigações indicam que tal modalidade criminosa era realizada ao longo dos últimos meses e já rendeu um prejuízo em torno de R$5 milhões de reais a produtores de silício. Este valor equivale em média a um montante desviado de aproximadamente mil toneladas em cargas roubadas/ furtadas. Este metal é uma substância muito útil e usada em grandes setores da indústria, como por exemplo, em chips de eletro-eletrônicos; componente de ligas metálicas; células fotoelétricas usadas para captação de energia solar; concretos e tijolos; materiais refratários; síntese de silicones em vernizes, próteses cirúrgicas, lubrificantes.

A PCMG relata que a organização criminosa, inicialmente, procurava identificar as cargas que estivessem em estado mais puro, pois assim conseguiam agregar maior valor financeiro na venda. A rota principal de atuação dos criminosos era a capital do Estado e as cidades como Barbacena; Congonhas; Conselheiro Lafaiete; Nova Lima; Ouro Preto; Santos Dumont e outras. Após os furtos ou roubos das cargas, os veículos eram desmanchados e adulterados com o objetivo de ser apagado qualquer tipo de rastros que levassem a polícia até eles. Com as adulterações das placas, a organização criminosa vendia os veículos para terceiros com preço abaixo do mercado sob justificativa de estar com prestações bancárias em atraso.

De acordo com o delegado João Marcos de Andrade Prata, responsável pelas investigações, as apurações continuam no intuito de identificar outros membros da quadrilha. Além de outros suspeitos, a operação também investiga empresas envolvidas na receptação e compras de todas estas cargas.

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