Polícia Federal recusa reajuste e faz protesto na Praça da Assembleia

Jefferson Delbem - Do Hoje em Dia
28/08/2012 às 21:45.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:49
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

Os policiais federais decidiram manter a greve. A categoria rejeitou a proposta do governo federal de reajuste salarial de 15,8%, diluídos nos próximos três anos, que obrigatoriamente teria que ser aceita até esta terça-feira (28). Em Belo Horizonte, cerca de 180 agentes realizaram um ato público na Praça da Assembleia Legislativa. Alguns carregaram um piano nas costas para simbolizar o peso do carreira, ao som do Hino Nacional. Além da correção salarial, os policiais federais reivindicam a reestruturação da carreira. “Ao dizermos não à proposta, queremos discutir assuntos que vão além do salário, como a segurança pública no país. Temos o intuito de chamar atenção de representantes do Ministério Público Federal e das agências internacionais para a irresponsabilidade do governo federal no trato da segurança”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais, Renato Deslandes.    Com a greve, vários serviços continuam paralisados, como emissão de passaportes, registro de porte de armas, e investigações. Apenas casos emergenciais são atendidos.  Em Minas Gerais, são emitidos diariamente 1.200 passaportes. Desde o início da greve, mais de 20.000 deixaram de ser produzidos. “Ninguém vai perder voo ou passagens. Formamos uma comissão que analisa cada caso para que ninguém fique prejudicado”, ressaltou Deslandes.   Na quarta-feira (29), uma assembleia geral será realizada em Brasília para definir os rumos do movimento. Policiais e governo negociam há mais de 900 dias.   Trânsito   Os agentes saíram em passeata da Superintendência Regional da Polícia Federal, no bairro Gutierrez, região Oeste da capital, e desceram a avenida Raja Gabaglia até a Praça da Assembleia. Durante o trajeto, que durou pouco mais de uma hora, o trânsito ficou lento.

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