Políticos, servidores e empresários de Três Corações são acusados de fraude em licitações

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
08/08/2016 às 17:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:14

O Ministério Público de Minas Gerais acionou judicialmente nesta segunda-feira (8) servidores públicos, políticos e empresários da cidade de Três Corações, no Sul de Minas, por fraudes em licitações e contratos. São duas Ações Penais (AP) e duas Ações Civis Públicas (ACP). As ações do MPMG dão sequência à operação Metástase 57, deflagrada pela Polícia Federal em 2013.

Na primeira ACP, um ex-prefeito um servidor aposentado e um empresário são acusados de improbidade administrativa pela tentativa de burlar, em 2013, regras de uma licitação. A ação pede que a Justiça os condene a ressarcir o dano causado, devolver o dinheiro embolsado ilegalmente e a aplicação de multa, além de serem proibidos de contratar com o Poder Público e que tenham os direitos políticos suspensos por até oito anos.

Segundo a promotoria, a licitação trata da aquisição de materiais de escritório. O vencedor de um dos lotes licitados firmou contrato administrativo, mas, dois meses depois, solicitou reajuste dos preços, o que foi negado pela Comissão de Licitação. Com isso, alguns materiais deixaram de ser entregues, e a prefeitura poderia rescindir o contrato e aplicar sanções. Em vez disso, o empresário foi procurado pelo então servidor público, que propôs a rescisão contratual sem punição, caso recebesse um “presente”, segundo conversa telefônica interceptada com autorização da Justiça.

Sobre o mesmo fato, o MPMG entrou com AP para que os três sejam condenados criminalmente com base na Lei de Licitações e no Código Penal. Entre os crimes de que são acusados, está o de corrupção passiva por pedir vantagens indevidas para rescisão contratual sem penalidades e multas.

Na segunda ACP, o MPMG acusa um ex-secretário municipal de Governo, uma ex-secretária municipal de Finanças, um ex-diretor da Câmara de Três Corações, uma ex-chefe da Comissão de Licitações da prefeitura e outros três servidores públicos de improbidade administrativa. Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Três Corações, os acusados se uniram em 2012 para fraudar licitação e beneficiar a Associação Comercial de Três Corações, presidida na época por um empresário da cidade, que venceu o processo licitatório e que também é acusado na ACP.

Entre as medidas buscadas pelo MPMG, estão o ressarcimento integral do dano, a perda da função pública e dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, a suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, o pagamento de multa e a proibição de contratar com o Poder Público.

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