Pouca chuva, muito estrago e uma morte em BH

Mariana Durães
mduraes@hojeemdia.com.br
02/10/2017 às 20:35.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:50
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Bastaram apenas dez minutos de uma forte chuva para que 53 pedidos de socorro fossem atendidos ontem pelo Corpo de Bombeiros em Belo Horizonte. O temporal, que teve até granizo, durou pouco tempo, mas deixou um rastro de destruição e provocou a primeira morte do período chuvoso em Minas. Um taxista teve o carro esmagado por uma palmeira.

Ventos de até 85 quilômetros por hora atingiram vários bairros da capital. Pelas ruas e avenidas, árvores caídas, postes derrubados, destelhamentos e falta de energia elétrica. O alerta permanece. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o tempo deve ficar instável com chance de chuvas pelo menos até amanhã.

Combinação 

A combinação de calor e alta umidade, típica da primavera, provocam pancadas, raios e rajadas de vento, conforme explicou o meteorologista Claudemir Azevedo. Segundo a Defesa Civil, o volume de precipitações estimado para hoje é de 60 a 80 milímetros (mm). Ontem, choveu 14 mm na região Centro-Sul de BH.

Também na regional, na rua dos Timbiras, esquina com a avenida João Pinheiro, no Funcionários, o taxista Fábio Teixeira Magestes, de 36 anos, morreu após ter o carro atingido por uma árvore de aproximadamente 15 metros. A palmeira ainda deixou duas pessoas feridas, derrubou um poste e danificou dois veículos. 

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que uma vistoria foi feita por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente na árvore que caiu na rua dos Timbiras. O exemplar “se encontrava saudável, sem nenhum sintoma que levasse à indicação de sua supressão”. A administração também disse que o trabalho de vistoria e monitoramento das árvores é permanente.Maurício Vieira

Na Praça 7, no Centro, ventos arrancaram árvore de grande porte, assustando os pedestres

27 atendimentos foram feitos pela Defesa Civil de BH apenas ontem; as principais solicitações recebidas foram sobre trincas e infiltrações e queda ou risco de queda de árvores

Trânsito

Segundo a BHTrans, as quedas de árvores e galhos pesados também atrapalharam o trânsito em alguns pontos da metrópole. Motoristas tiveram que ter paciência em alguns pontos como na avenida Pedro II, próximo à avenida Carlos Luz, no sentido Centro, e na avenida Olegário Maciel, esquina com Guajajaras. Algumas ruas precisaram ser totalmente interditadas, o que causou impactos no tráfego de toda a cidade.Lucas PratesNa rua Tupinambás, mulher tenta saltar ponto de alagamento provocado por sarjeta entupida

Cuidado

As ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros, principalmente nas regiões Centro-Sul, Oeste e Leste, incluíram árvores caídas, com risco de cair, tombadas ou encostadas em muros. 

De acordo com a tenente Andrea Coutinho, do Corpo de Bombeiros, o mais importante é estar atento às condições do tempo e evitar se expor ao perigo. “Se já estiver na rua, fique atento a pontos de alagamento, não continue a dirigir se a água passar da metade da roda, e não tente atravessar ruas alagadas”, indica. A tenente explica que o melhor sempre é tentar se abrigar em um local seguro. 

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