Prefeito de Mariana pede volta das operações da Samarco

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
08/03/2016 às 18:35.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:43
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Preocupado com a queda na arrecadação de Mariana, na região Central do Estado, o prefeito  Duarte Junior convocou  uma manifestação pedindo a volta da operação da Samarco no município. O protesto será realizado na manhã de sábado (11), às 9h, em frente à Arena Mariana. A afirmação foi feita durante coletiva na tarde desta terça-feira (8).

Nessa segunda-feira (7), uma manifestação mobilizou cerca de 60 empresários de Mariana, que reivindicavam a reativação da empresa. Eles fecharam uma via da cidade com pneus.

A mineradora, cuja barragem rompeu em novembro do ano passado deixando 17 mortos e dois desaparecidos, está com as operações embargadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad).

“A Samarco é responsável pela tragédia e não está fazendo favor nenhum. Mas, desde o início, a empresa está dando uma resposta à altura”, ressalta o prefeito. O objetivo da retomada das operações, segundo Duarte Junior, é restabelecer os empregos e melhorar os cofres públicos.

Cfem
A cidade depende da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Mineirais (Cfem), chamado de royalty da mineração. Dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) apontam que o município arrecadou R$ 90 milhões de Cfem em 2014.

Até outubro de 2015, um mês antes do rompimento da barragem e, consequentemente, da interrupção das operações, os cofres públicos da cidade foram abastecidos com R$ 54,4 milhões a título de royalties da mineração. A Samarco é a principal mineradora em operação em Mariana.

Fundo
Na oportunidade, o prefeito aproveitou para criticar a forma como o acordo assinado na semana passada entre comunidades atingidas, União e governos de Minas Gerais e Espírito Santo foi formatado. Segundo o prefeito, o fundo, de R$ 20 bilhões, não pode ser utilizado para compensar as perdas da cidade com a tragédia.

Ele teme que os serviços essenciais sejam prejudicados. “Só de médicos contratados o município tem 120. Cada médico custa 20 mil reais. Dá mais de R$ 4 milhões. Queremos que o for comprovado que era serviço essencial e foi prejudicado pelo rompimento da barragem seja recuperado pelo fundo”, diz Duarte Junior.


 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por