(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)
Após três tentativas frustradas, a Prefeitura de Belo Horizonte se esforça, mais uma vez, para engrenar o projeto de construção de cinco estacionamentos subterrâneos na capital. Dessa vez, o município aumentou o teto cobrado nas garagens, de R$ 18 para R$ 21 por duas horas de permanência, a fim de atrair a iniciativa privada que ficará responsável por implantar, manter e operar o serviço.
Um novo chamamento público foi anunciado nessa terça-feira (25). A PBH Ativos S.A., empresa que tem o Executivo como um dos acionistas, propõe uma concorrência na modalidade concessão comum. Na prática, significa que os interessados terão que comprar o direito de exploração do serviço. Vencerá quem pagar o maior valor ao município.
“Estamos testando o mercado, ouvindo a opinião dos potenciais investidores. Caso a proposta não esteja atrativa, poderemos fazer novas mudanças”, afirmou Edson Ronaldo Nascimento, diretor-presidente da PBH Ativos. A previsão é a de que o edital seja lançado em até três meses após o fim da consulta, que ocorre dentro de 30 dias.
Embora o futuro esteja incerto, os endereços para os primeiros estacionamentos subterrâneos já estão definidos. As garagens estarão na Savassi, no entorno do Fórum Lafayette, na área hospitalar, na avenida Álvares Cabral e na Praça 7.
Mesmo após a assinatura do contrato, ainda levará um longo período até que a população possa utilizar as novas vagas. Gerente de Parceria Público-Privada da PBH Ativos, Gustavo Kummer de Paula, informou que a empresa vencedora terá até dez meses para começar as obras no Fórum, Savassi e região hospitalar, e até um ano e oito meses para os outros dois endereços.
Juntas, as cinco garagens garantirão 2.368 novas vagas na região Central. Atualmente, a BHTrans calcula que esses locais tenham cerca de 17 mil estacionamentos para veículos. Com o rotativo, que atualmente custa R$ 3,40, as vagas são ampliadas para 90 mil.
Nenhum interessado
Em 2012, a Prefeitura de Belo Horizonte fez a primeira tentativa de atrair investidores para o projeto de garagens subterrâneas.
Após um edital fracassado, duas consultas públicas já foram lançadas – em 2012 e em 2013.
Diante da falta de interesse da iniciativa privada, a PBH Ativos foi obrigada a rever o projeto. A principal mudança foi no número de estacionamentos.
A princípio, a empresa seria responsável por construir dez garagens subterrâneas. Agora, a quantidade foi reduzida para cinco obrigatórias e quatro opcionais.