Depois de mais de um mês de negociações entre a Prefeitura de Montes Claros e hospitais da cidade foi celebrado o convênio para que as instituições de saúde cumpram uma série de exigências para melhorar o atendimento aos pacientes que procuram o Sistema Único de Saúde (SUS) do município. Com a assinatura do convênio, a Santa Casa e os hospitais Universitário Clemente de Faria, Dílson Godinho, Prontosocor e Aroldo Tourinho se comprometem a ampliar o número de leitos dos Centros de Tratamento Intensivo (CTI) para mais 45. Além disso, estão previstos mais 22 leitos de retaguarda e 16 de enfermaria e a criação de 19 leitos voltados para o atendimento à saúde mental. O acordo prevê também a manutenção dos 12 leitos já existentes no Hospital Universitário. Entretanto, no convênio firmado ainda deve ser levado em conta o estabelecimento de cotas mensais para realização de exames, consultas especializadas e cirurgias eletivas a fim de diminuir a fila de pacientes que aguardam pelos procedimentos. Outra cláusula prevê o cumprimento efetivo da escala dos plantões por parte dos hospitais. Ainda por meio do acordo, será o município deve repassar às unidades de saúde até o final do ano recursos da ordem de R$ 30 milhões, provenientes da União e do Estado. Recentemente o prefeito de Montes Claros, Ruy Adriano Borges Muniz, destacou que não permitiria mais que a saúde na cidade continuasse como estava. “Queremos é chegar a um mesmo denominador. Mas não permitirei vazios assistenciais na saúde de Montes Claros”, disse no dia 16 de maio, quando decretou Estado de Calamidade Pública por causa da situação do atendimento médico no município. Dos hospitais que fecharam o acordo, dois foram notificados pela Procuradoria do Município - a Santa Casa e o Hospital Universitário. Segundo as notificações, as unidades de saúde apresentaram “falhas inadmissíveis e inequívocos riscos à saúde da população, desprovida do acesso a serviços dignos e de qualidade”. O secretário municipal de Saúde, Geraldo Edson Guerra falou sobre o convênio com os hospitais e ressaltou os benefícios para a população. “Foi uma negociação que quem saiu ganhando foi o usuário que terá mais leitos, mais exames, e a presença dos médicos nas portas de entrada dos serviços de urgência” finalizou.