Presídio de Ribeirão das Neves distribuirá uma tonelada de peixes para Banco de Alimentos

Da redação
horizontes@hojeemdia.com.br
02/05/2016 às 15:46.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:14
 (Carlos Alberto/Imprensa MG)

(Carlos Alberto/Imprensa MG)

Cerca de 40 instituições como asilos e creches de Ribierão das Neves, na região Metropolitana de Belo Horizonte, passarão a receber peixes criados no Presídio Antônio Dutra Ladeira. Será distribuída cerca de uma tonelada de pescado da espécie tilápia, que já foram entregues ao Banco de Alimentos da prefeitura nesta segunda-feira (2).

“A atividade não gera lucro e os beneficiados são os moradores carentes e instituições filantrópicas da região”, afirma o diretor-geral do presídio, Luiz Fernando Souza.

Responsável pela coordenação do projeto e pela formação dos presos para a piscicultura, o gerente de Produção do presídio, José Resende, diz que o ofício oferece oportunidades reais de trabalho para os egressos do Dutra Ladeira. Ele cita que recebeu telefonemas de dois ex-detentos que conseguiram emprego em criatórios de peixes, nas cidades de Formiga e de Conceição do Mato Dentro.

Um deles é William Pereira Sousa, de 27 anos de idade. Ele está há três anos na Dutra Ladeira e daqui a três meses deve receber o livramento condicional. Ele diz que a pescaria sempre foi seu lazer preferido. “Já gostava de peixes. Esse trabalho me fez gostar mais ainda. Gostaria muito de conseguir um emprego em uma fazenda de criação de tilápias”, afirma.

Para assegurar a qualidade dos peixes de criatório para consumo humano, alguns cuidados são obrigatórios. Três dias antes da retirada, chamada de despesca, a alimentação dos peixes é interrompida para facilitar a limpeza, evitando a contaminação da carne. Retirados dos tanques-rede, os peixes são mergulhados em recipientes com água gelada e transferidos no mesmo dia para câmaras frigoríficas, onde são congelados.

A gerente do Banco de Alimentos de Ribeirão das Neves, Maria Senhora França, explica que o pescado é um alimento nutritivo e saudável, mas, por ser caro, dificilmente está presente na dieta das pessoas mais pobres. “O pessoal vibra com a chegada das tilápias nas cozinhas das instituições e das famílias beneficiadas”, diz.

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