Preso militar aposentado que atropelou jovem em ponto de ônibus de BH

Rosildo Mendes e Renata Evangelista - Hoje em Dia
07/04/2013 às 18:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:37

Está preso no 5º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte, o policial militar reformado Carlos Antônio da Silva, de 57 anos, que atropelou uma adolescente que estava em um ponto de ônibus. Ele se apresentou, na manhã deste domingo (7), na Delegacia de Plantão do Departamento de Trânsito (Detran) para ser autuado em flagrante. Como não pagou a fiança, o militar aposentado foi encaminhado para uma cela do Batalhão.  Após atropelar a jovem , o militar foi conduzido ao Hospital da Polícia Militar. No entanto, quando a equipe da Policial Civil chegou à unidade, ele havia recebido alta. Além de ter atingido a jovem, que esperava um coletivo em um ponto, Silva estava com sinais de embriaguez, com o licenciamento do veículo atrasado desde 2009 e, para complicar ainda mais, ele não apresentou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo a Polícia Civil, depois de ser autuado ele ficou à disposição da PM.   O atropelamento ocorreu na tarde deste sábado (6) depois que o policial perdeu o controle da direção de um Monza vermelho, invadiu a calçada e atingiu uma adolescente que estava na rua Carlos Schetino, bairro Nova Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte. Josiane Cruz Moreira e Silva, de 16 anos, sofreu escoriações, um corte e fratura na perna. Ela foi conduzida para Hospital João de Pronto-Socorro João XXIII.   No boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM) consta que o motorista infrator estava com andar cambaleante e hálito etílico, mas ele não foi submetido ao teste do bafômetro. Quando seguia para a delegacia do Detran, o militar aposentado teria passado mal e, acompanhado de policiais militares que registraram a ocorrência, foi levado para o Hospital Militar.   Lá, ele ficou internado em observação com quadro clínico de pressão arterial alta e glicose alta. Quando a equipe do Detran chegou no hospital, no entanto, ele já havia recebido alta. A delegada Rosângela Tulher, do Detran, informou que o hospital não disponibilizou a ficha médica do suspeito para a equipe da polícia civil.

Conforme a delegada, o procedimento correto seria ele estar no hospital escoltado pela PM, já que cometeu um crime e, em caso de alta médica, ser conduzido para a delegacia, o que não ocorreu. "Já comunicamos o Batalhão de Trânsito (onde o suspeito era lotado) para que ele se apresente na delegacia. Temos o prazo de 24 horas para autuá-lo em flagrante", disse.   A assessoria de imprensa da PM informou que serão tomada todas as providências sobre o caso e que o policial aposentado vai responder inquérito por lesão corporal. Além disso, conforme a assessoria, ele será penalizado sobre o crime.

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