Presos de Juiz de Fora viram marceneiros profissionais

Hoje em Dia *
26/11/2015 às 16:16.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:06

Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, 18 presos da Penitenciária José Edson Cavalieri, vão entrar para o mercado de trabalho como marceneiros. Nos últimos dois meses eles fizeram o curso e formaram pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), por meio do programa Pronatec, do governo federal.

A oportunidade, para muitos dos alunos, não poderia ter aparecido em melhor hora, já que alguns deles já têm saída da prisão marcada. É o caso de Nilmar Caetano Bernardes, de 30 anos, e Giovani Gomes de Faria, de 32, que já tomaram providências para montar uma marcenaria em sociedade.“A gente se conheceu no curso e agora somos como irmãos”, conta Nilmar. Ele tinha alguma experiência no ramo, adquirida na adolescência. “Um tio era marceneiro e por diversas vezes pude ajudá-lo na fabricação de móveis.”

Porém, para o parceiro Giovani, tudo foi novo. “Fui gostando aos poucos, descobri meu talento e ainda a possibilidade de ter uma profissão no retorno
à sociedade”, observa.

O diretor-geral da penitenciária, Daniel Luiz da Silva Nocelli, incentiva o estudo e o trabalho na unidade. “Estudar e aprender uma profissão dá dignidade
para os detentos, representa a construção de possibilidades para a ressocialização”, destaca o diretor.


Curso

O curso, além da formação para a profissão, permitiu aos detentos uma renda mensal de R$ 700,00, do Pronatec. Para isso, eles deviam comprovar interesse e bom desempenho nos trabalhos e provas.

Com 350 horas/aula, o curso tinha, além das aulas práticas na oficina de marcenaria da penitenciária, disciplinas sobre sistema de medidas, matemática aplicada, funcionamento de máquinas, empreendedorismo, segurança do trabalho, cidadania.

As aulas foram ministradas por Roberto Rodrigues dos Reis, 70 anos, professor no Senai desde 1997. Segundo ele, Juiz de Fora e outras cidades
da região têm capacidade para receber a mão de obra.“Bons profissionais sempre conquistam vagas no mercado de trabalho e o Senai não ofereceria um curso sem empregabilidade”, comenta Roberto.

 

(*Com Seds)

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