Professor universitário é preso na Bahia 19 anos após matar ex-mulher

Hoje em Dia
15/09/2015 às 17:19.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:45
 (Polícia Civil / Divulgação)

(Polícia Civil / Divulgação)

"Queria me entregar. Eu amava muito minha mulher. Toda minha familia sabia do fato", afirmou nesta terça-feira (15), o professor universitário Roberto Gomes da Silva, de 61 anos, acusado de ser o assassino da ex-mulher em 5 de novembro de 1996, no bairro Santa Cruz, região Leste de Belo Horizonte. Após 19 anos foragido, ele foi preso na cidade de Teixeira de Freitas, na Bahia, nesta segunda-feira (14) e apresentado pela Polícia Civil nesta terça.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi presenciado pelos filhos, que viram a mãe ser executada a tiros, a mando do autor. A investigação foi conduzida pelo Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil aponta como mandante do crime Roberto Gomes da Silva, de 61 anos. A vítima era a ex-mulher dele, Alba Valéria Rios, na época com 33 anos.

Conforme a PC, levantamentos indicam que Roberto agiu movido por ciúmes ao planejar a morte da ex-mulher Alba, que foi executada com dois tiros na cabeça, em frente aos filhos, quando ainda eram crianças.

Atualmente, Roberto estava morando na Bahia, onde lecionava em uma faculdade, se casou novamente e teve quatro filho com a nova companheira. Um dos envolvidos no crime está foragido.

Morte encomendada

Conforme a polícia, Roberto e Alba eram casados há 15 anos, quando resolveram terminar o relacionamento. Oito meses após o término, a vítima teria iniciado um novo namoro, o que irritou Roberto. Ele resolveu então pedir a um amigo, Antônio Alves da Silva, para contratar alguém a fim de executar a ex-mulher. Para tal, Roberto pagaria R$ 5 mil, além de um imóvel. Antônio foi o responsável pela contratação de Luiz Carlos Ribeiro da Silva, executor do crime. Roberto teria adiantado mil reais para Luiz comprar uma arma de fogo, além de orientá-lo sobre a rotina da vítima.

No dia do fato, Luiz foi à casa da vítima junto com Solange Rodrigues Ferreira da Silva, sua companheira, com o pretexto de contratar os serviços de Alba, que era costureira. Nesse momento, Luiz Carlos disparou duas vezes contra a cabeça de Alba, que estava em frente aos dois filhos, à época com quatro e 13 anos.

Roberto chegou a ficar preso dois dias, mas foi liberado após um habeas corpus. Antônio Alves, Luiz Carlos e Solange Rodrigues confessaram o crime e foram condenados pela Justiça, sendo que Solange e Antônio já cumpriram pena. Apesar da condenação, Luiz Carlos fugiu do presídio após receber benefício de saída temporária.

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