Professores das Umeis de BH decidem em assembleia manter paralisação, que já dura um mês

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
23/05/2018 às 16:36.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:13
 (Reprodução Facebook Sind-Rede/BH)

(Reprodução Facebook Sind-Rede/BH)

Os professores da Educação Infantil de BH decidiram pela manutenção da greve, iniciada no dia 23 de abril, durante a assembleia da categoria, realizada na tarde desta quarta-feira (23), na Praça da Estação, no hipercentro da capital. Já os educadores do Ensino Fundamental, parados desde o dia 17 de maio, suspenderam a paralisação.  

Mais cedo, os educadores da rede municipal de ensino foram recebidos pela Comissão de Orçamento e Finanças Públicas da Câmara de BH. A reunião extraordinária foi convocada pela presidente do colegiado, vereadora Marilda Portela (PRB). Segundo ela, o secretário municipal de Planejamento, André Reis, e a secretária-adjunta de Recursos Humanos, Fernanda Neves, apresentaram os gastos do município com educação. Já os representantes do Sind-Rede, Vanessa Portugal e Wanderson Rocha, reivindicaram mais uma vez a valorização dos professores e a equiparação das carreiras.

Ainda conforme a vereadora, não foi possível chegar a um acordo. Entretanto, os dois lados se comprometeram a trabalhar para alcançar uma proposta que atenda aos professores e seja viável ao orçamento da Prefeitura de BH. 

A última assembleia do professores das Umeis foi no dia 16. Na ocasião, o Sind-Rede sugeriu o escalonamento como forma de atingir a equiparação com a carreira do professor do Ensino Fundamental. A proposta é que no mês de junho os professores da rede infantil passem para o nível 5 da carreira; em dezembro, para o nível 8; e em julho de 2019, para o nível 10 da carreira. Porém, o prefeito Alexandre Kalil disse que só vai negociar com a categoria após o retorno ao trabalho. 

Atualmente, um educador infantil em início de carreira recebe R$ 1.431 por 22,5 horas trabalhadas semanalmente. A proposta apresentada pela prefeitura no mês passado previa aumento de até quatro níveis na carreira para os profissionais formados em pedagogia ou normal superior e que não tiveram progressão por escolaridade, chegando a rendimentos de R$ 1.680,79. ​Para os docentes, o acréscimo de quase R$ 250 não é suficiente e o ideal seria chegar aos R$ 2.252,42 iniciais do Ensino Fundamental.

Quanto aos educadores do Ensino Fundamental, na quinta (17) a Prefeitura de Belo Horizonte chegou a anunciar que atenderia a reivindicação da categoria sobre a implementação do tempo de sete horas da jornada semanal para o planejamento extraclasse. Caso a proposta fosse aceita pelos professores, o Executivo enviaria um Projeto de Lei à Câmara Municipal, reduzindo a jornada semanal, que hoje prevê 22 horas e 30 minutos, para 21 horas, sem redução de salário. 

Na proposta da PBH, estava previsto ainda que 1/3 da jornada semanal, equivalente às 7 horas, seria utilizada para atividades extraclasse. Os 2/3 restantes, 14 horas, seriam dedicados à sala da aula. E o tempo de recreio estaria excluído da jornada de 21 horas, sendo um intervalo de descanso para o professor.

Na ocasião, apesar da proposta, os professores decidiram pela manutenção da greve, por causa de uma reivindicação que não tinha sido atendida: a aplicação do reajuste do piso nacional da educação de 6,81%. Mas a categoria voltou atrás nesta quarta.

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