Professores de escolas particulares de BH entram em estado de greve após assembleia

Liziane Lopes*
llopes@hojeemdia.com.br
Publicado em 19/04/2018 às 16:04.Atualizado em 03/11/2021 às 02:26.
 (Reprodução Google Street Views)
(Reprodução Google Street Views)

Os professores de escolas particulares de Belo Horizonte decidiram pelo estado de greve após assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (19). Dessa forma, a aulas serão retomadas nesta sexta (20), mas podem ser suspensas a qualquer momento. 

Uma nova paralisação está prevista para a próxima terça (24), quando as aulas devem ser suspensas mais uma vez. No dia, a categoria tem mais um encontro para discutir as reivindicações. Os professores prometem também uma manifestação na porta do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG). "Esperamos até lá uma resposta positiva do sindicato (patronal), no sentido de acatar nossa pauta e não a pauta deles", afirmou Aerton Silva, diretor de comunicação do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro). 

Segundo o Sinpro, a paralisação desta quinta contou com a adesão total ou parcial de 40 escolas, sendo que educadores de mais de 60 unidades de ensino participaram. Já de acordo com o balanço do Sinep, apenas 16 escolas pararam das 970 que funcionam em BH e Contagem, na Região Metropolitana. (Confira no fim da matéria a lista das escolas que pararam)

Reivindicações

O sindicato dos trabalhadores pede um aumento compatível ao INPC (1,57%) mais 3% a título de valorização dos profissionais, somando 4,57%. Mas o sindicato patronal oferece 1%. Além disso, enquanto os profissionais pleiteiam um aumento do adicional por atividades extraclasses de 20% para 33%, as escolas querem passar para 10%. 

​Outro ponto é quanto às bolsas de estudo para filhos de professores. Atualmente, a cada cem alunos, as escolas concedem quatro bolsas, distribuídas de acordo com o tempo de sindicalização de cada um. Os que são sindicalizados há mais tempo têm preferência. A nova proposta patronal retira a obrigatoriedade dos descontos para filhos dos profissionais. O benefício também passaria a ser condicionado a um mínimo de 15 aulas por dia. 

A nova convenção altera também a regra de concessão de intervalo. Atualmente, são 20 minutos após três aulas. Agora, como permitido pela nova legislação trabalhista, os professores passarão a trabalhar seis horas sem intervalo.

Férias e recesso também podem passar por mudanças. Nas regras atuais, os professores ficam de recesso de 24 a 31 de dezembro e gozam de férias de 2 a 31 de janeiro. A ideia é que as férias passem a ser tiradas obrigatoriamente de 26 de dezembro a 24 de janeiro. No caso dos professores da educação infantil, o descanso seria dividido em 20 dias em janeiro e os outros dez em um mês escolhido pelo empregador.

* Com Tatiana Lagôa

Confira as escolas que pararam nesta quinta em BH e Contagem:

Paralisação Total

  1. Centro Educacional Rogedo
  2. Colégio Ilumina
  3. Colégio Imaculada Conceição
  4. Colégio Loyola
  5. Colégio Magnum Agostiniano
  6. Colégio Marista Dom Silvério
  7. Colégio Sagrado Coração de Maria
  8. Colégio Salesiano
  9. Escola Técnica de Formação Gerencial
  10. Instituto Padre Machado
  11. Colégio Montessori 

Paralisação parcial

  1. Colégio Arnaldo (Unidade Anchieta e Funcionários)
  2. Colégio Batista Mineiro
  3. Colégio Frederico Ozanam
  4. Escola Santo Tomás de Aquino
  5. Universidade Fumec 

Total: 16
Porcentagem de instituições de ensino total ou parcialmente paralisadas: 1,6%

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