Professores mantêm ameaça de paralisação após reunião infrutífera com o Governo

Thiago Ricci - Hoje em Dia
03/02/2016 às 21:43.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:17

A ameaça de paralisação da rede estadual de ensino mineira ganhou força após reunião realizada na noite desta quarta-feira (3) com o Governo de Minas Gerais. Os secretários presentes no encontro, Odair Cunha (Governo) e Macaé Evaristo (Educação), não deram soluções para o pagamento do piso aos professores, que reforçaram a possibilidade de greve.

Uma manifestação da categoria está prevista para ocorrer na próxima sexta-feira, quando o governo prometeu dar respostas aos questionamentos dos educadores. O início do ano letivo, na quinta-feira (11), no entanto, está garantido. Os professores planejam se reunir no dia 20 deste mês para decidir a definição de uma paralisação no Estado.

"Já dissemos que não aceitamos o não cumprimento do acordo. Se o governo não se organizar para o pagamento do piso e demais pontos do cumprimento do acordo, nos organizaremos para um calendário ofensivo de paralisações", afirmou a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG), Beatriz Cerqueira.

Os secretários saíram do encontro, realizado na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), sem conversar com a imprensa. O deputado estadual Rogério Correia (PT), líder do bloco de situação na Assembleia Legislativa mineira, um dos participantes da reunião, manteve o otimismo em relação ao pagamento do piso dos professores.

"Esse reajuste não vem agora no quinto dia útil porque precisa passar pela Assembleia, já que o reajuste foi definido durante o período de férias. Mas o governo vai pagar o retroativo", afirmou.

Lei 100

A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) definiu que convocará todos os ex-efetivados pela Lei 100 "que foram afastados do trabalho em 2015 em razão de doença que possa ser incapacitante". A ideia é avaliar, até o fim deste ano, se o ex-servidor tem direito a uma eventual aposentadoria por invalidez. No entanto, a medida desagrada o SindUte.

"Não atende poruqe não há um prazo definido e há uma série de doenças não contempladas pelo governo, como câncer de mama, por exemplo. As pessoas precisam permanecer no Estado, isso não tira a vaga de nenhuma nomeação porque elas não estão no exercício do seu trabalho, até ter uma avaliação médica para mostrar que está apta ao trabalho ou que se aposente. Do jeito que a Seplag está fazendo, deixa as pessoas sem salário e sem cobertura médica esperando para que as convocações sejam feitas no ritmo dela", afirmou Beatriz Cerqueira.

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