Contagem regressiva para começar mais uma aula. Dentro ou fora da sala, alunos animados, turma disciplinada e olhos fixos na professora. A cena, para muitos inimaginável, é real para centenas de estudantes que têm “educadores nota 10”. Esse é o título que vários profissionais da educação recebem após terem projetos para melhorar a aprendizagem aprovados em concursos locais e até nacionais.
Além de valorizar boas ideias, as premiações têm como objetivo divulgar experiências de qualidade, planejadas e executadas por educadores.
Vencedora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10, em 2011, a professora de educação infantil Silvia Ulisses de Jesus elaborou um projeto adotado até hoje nas escolas em que trabalha ou onde já lecionou. Ela desenvolveu um currículo onde é possível, na prática, realizar um trabalho educacional mais focado nas crianças.
“Uma das peças que criamos foi um ‘tapete de sensações’ bem grande, feito de texturas variadas como plásticos, madeiras, algodões e botões. As crianças exploram os sentidos e aprendem o que é macio ou mais duro, por exemplo”, explica a professora.
Outra iniciativa elogiada, ressalta, é a exploração de alimentos que normalmente não fazem parte do cardápio dos alunos. “Durante uma semana, os estudantes experimentam uma fruta ou legume diferente e a estudam. No fim do mês, fazemos um piquenique com todos os alimentos estudados e as crianças mostram as preferências e o que aprenderam”.
A diretora-executiva da Fundação Victor Civita (FVC), Angela Dannemann, incentiva todo profissional que tiver uma experiência bem-sucedida na escola em que atua a participar das competições.
“Mais do que um trabalho inovador, buscamos resultados eficientes na aprendizagem dos alunos”, afirma. “É muito importante a valorização desses profissionais que, apesar de todos os desafios e dificuldades, criam, dentro das possibilidades que têm, maneiras diferentes para que os alunos aprendam e se sintam felizes em sala de aula”.