Projeto de revitalização da mata nativa vai proteger nascentes em Belo Horizonte

Paula Bicalho*
pbicalho@hojeemdia.com.br
23/08/2017 às 20:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:13
 (Divulgação PBH)

(Divulgação PBH)

Um projeto criado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com o Comitê da Bacia do Rio das Velhas, pretende revitalizar as áreas de matas ciliares ao longo do curso de água e proteger nascentes em Belo Horizonte. A proteção e recomposição de vegetações nas Áreas de Preservação Permanente (APP) será feita ao longo das margens do corpo d’água de aproximadamente 33,6 mil m² no bairro Santa Terezinha, trecho do Córrego Freitas, e de 10,4 mil m² na Vila Barroquinha, Córrego Ressaca, afluente da Lagoa da Pampulha.

Cerca de R$1 milhão foram destinados para a intervenção. “Todo esse dinheiro está vindo do Comitê do Rio das Velhas. A contrapartida da Prefeitura foi a elaboração dos projetos para recuperação dessas áreas. A ideia é expandir e conseguir revitalizar uma área de mata ciliar por regional para atingir toda a cidade. Com isso, vamos impedir o lançamento de resíduos e entulhos, evitando que o local seja utilizado como bota-fora ou invadido”, afirma o secretário de Meio Ambiente Mário Werneck. 

As matas ciliares são florestas ou outros tipos de cobertura nativa que ocorrem ao longo das margens dos cursos d’água e no entorno de nascentes e reservatórios de água. São sistemas que regulam o escoamento de água, sedimentos, nutrientes e poluentes, entre os interflúvios de uma bacia hidrográfica e o canal de escoamento do rio. 

A vegetação funciona como um sistema de filtragem ou como um sistema tampão, protegendo um dos recursos de vital importância aos ecossistemas naturais e ao homem, o recurso hídrico. “Apesar de reconhecida importância ecológica, as matas ciliares vêm sendo eliminadas pelos processos de ocupação e de urbanização. Além de desrespeitar a legislação, o processo de degradação resulta em vários problemas ambientais. O planejamento, a implantação e a manutenção dessas matas pressupõem inúmeros benefícios à população e ao ambiente como um todo, principalmente ao propiciar a melhoria da qualidade de vida urbana”, explica Werneck.

A implantação deste projeto tem também como objetivo atender aos princípios de Política Municipal de Combate às Mudanças Climáticas, com a ampliação das áreas verdes, que contribuem para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, assim como para a produção de água limpa para os cursos d’água.

* Com PBH

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