Projeto quer estimular ideias inovadoras entre estudantes do ensino médio

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
11/05/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:30

Estudantes do segundo ano do ensino médio da rede estadual de educação terão a chance de mostrar que têm veia empreendedora. A partir do próximo dia 25, escolas de BH poderão inscrever alunos interessados em participar do “Meu Primeiro Negócio”, programa que será desenvolvido pelo Governo de Minas até o fim de 2018. As melhores ideias, inclusive, receberão verba para serem colocadas em prática.

A primeira fase do projeto abrange apenas os jovens matriculados na capital. Quem já está sabendo da iniciativa, faz planos. É o caso de João Victor Santos da Silva, de 16 anos, aluno da Escola Estadual Santos Dumont, na região de Venda Nova.

Filho de empreendedores, o rapaz não descarta seguir o mesmo caminho dos pais. “Sempre quis criar algo inovador. Essa pode ser uma boa oportunidade. Ainda não tenho uma ideia formatada, mas já comecei a pensar no que poderei desenvolver”.

Apesar de não ter uma disciplina diretamente ligada à temática “empreendedorismo” na grade curricular, João Victor diz vislumbrar em outros conteúdos a base para montar o primeiro negócio, como a matemática. “Mas ter um projeto voltado para isso é melhor, dá mais conhecimento”, avalia. 

Os inscritos no “Meu Primeiro Negócio” terão três meses de aulas de mentoria e capacitação, a partir de agosto; a formatura dos estudantes será em novembro, durante a Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit); os melhores projetos serão avaliados por uma banca e receberão subdsídios para serem colocados em prática no ano que vem

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes), Miguel Corrêa, o “Meu Primeiro Negócio” é uma oportunidade para que alunos de baixa renda também sejam iniciados no mundo dos negócios.

“Com o programa, queremos despertar a mente empreendedora e trazer o estudante para mais próximo do que ele pensa profissionalmente”, comenta.

Ele afirma que equipes da pasta visitarão as escolas para divulgar a iniciativa e ensinar os interessados a elaborarem as propostas.

“Pode ser qualquer inovação. Uma assinatura de uma barbearia, na qual a pessoa adquire o serviço e tem direito a fazer um número de barbas por mês”, exemplifica o secretário.

Comportamento

Para especialistas, abordar o comportamento empreendedor é muito importante entre os mais novos. Eduardo Vilas Boas, co-fundador do Instituto Fazendo Acontecer, que desenvolve oficinas sobre o tema com foco em crianças e adolescentes de 10 a 18 anos, afirma ser preciso despertar as habilidades empreendedoras dos jovens, seja dentro ou fora da sala de aula.

“Abrir uma empresa é opção, mas muitos desses alunos podem descobrir características, como a liderança por exemplo, que o ajudarão no mercado de trabalho, não necessariamente como empresários”, observa Eduardo. 

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