Projeto "treina" mutuns que vivem em cativeiro a voltarem à natureza

Ana Lúcia Gonçalves -Do Hoje em Dia
30/09/2012 às 09:40.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:41
 (Rudson Vieira )

(Rudson Vieira )

  Cerca de 20% da população mundial da ave mutum vive nas áreas da Cenibra, no Vale do Aço. Os mutuns são preservados por meio do projeto de Reintrodução de Aves Silvestres Ameaçadas de Extinção – Projeto Mutum, desenvolvido na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Macedônia, sediada em Ipaba.   A população de mutuns na RPPN está estimada em cerca de 200 aves, incluindo aquelas que foram soltas e suas crias.    O diretor-presidente da empresa, Paulo Brant, considera esse número expressivo, se levado em conta que a população mundial da espécie é de cerca de mil aves, incluindo as que vivem em cativeiro. Os dados são do Plano de Ação do Mutum-do-sudeste (Ibama, 2005).   O Projeto Mutum é fruto de um acordo de cooperação técnico-científica entre a empresa e a Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre (Crax).   O trabalho já possibilitou a reintegração ao habitat natural de aves como o mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii), macuco (Tinamus solitarius), capoeira (Odontophorus capueira), jaó-do-sul (Crypturellus n noctivagus), inhambuaçu (Crypturellus obsoletus), jacuaçu (Penelope obscura) e jacutinga (Pipile jacutinga).   Manejo   A base das atividades da Crax está no Centro de Pesquisas, localizado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde é feito todo o trabalho de preparação e manejo para proporcionar à ave maior facilidade de readaptação ao habitat natural, até seguirem para a Fazenda Macedônia, onde são reintroduzidas na natureza.   Segundo Brant, as espécies são monitoradas periodicamente. O objetivo é obter dados relativos à adaptação, dispersão, reprodução e perdas das aves reintroduzidas.

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