Projeto Vida dá apoio a trabalhadores de rua em BH

Tatiana Lagôa
portal@hojeemdia.com.br
08/12/2017 às 14:22.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:08
 (Tatiana Lagôa)

(Tatiana Lagôa)

Não só de pedidos e agradecimentos é feito o Dia de Nossa Senhora da Conceição. A data é vista por um grupo de pessoas como momento de fazer o bem. Voluntários do Projeto Vida, organização que se dedica a dar apoio e capacitação para trabalhadores informais, aproveitam a festividade para vender artesanatos e estimular a economia solidária.

A barraquinha com os produtos feitos por voluntários e aprendizes do projeto está montada nesta sexta-feira (8) em um espaço anexo ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição, onde haverá festejos durante todo o dia hoje. Mas, a venda dos artesanatos acontece diariamente, de 13h às 17h, em uma loja na casa de acolhimento do grupo, que fica bem perto da igreja (Rua Itapecerica, 714, Lagoinha).  

E essa é apenas uma parte do trabalho feito pelo Projeto Vida. Nascido há cerca de cinco anos, ele acolhe trabalhadores informais que ganham a vida vendendo balas, doces, pipocas, dentre outros produtos, nas ruas de Belo Horizonte. “Buscam nosso apoio pessoas pobres e lutadoras. Boa parte delas são idosas e não tem qualificação. Muitos são analfabetos. Eles buscam a sobrevivência”, conta uma das idealizadoras do projeto, Maria do Carmo Paiva. Várias delas chegam até os voluntários quando têm as mercadorias apreendidas, uma vez que a atividade é proibida pela Lei Orgânica de Belo Horizonte.

Advogado e voluntário do projeto, Jarbas Arêdes, explica que o grupo atua em várias frentes. Uma delas é a política que inclui busca de apoio no Legislativo e Executivo para tentar derrubar a proibição do trabalho nas ruas. A luta é para diferenciar a venda de produtos importados que entram na ilegalidade do comércio de alimentos feito pelos trabalhadores apoiados pelo projeto.  

Mas, até que consigam avanços na legislação, eles buscam suprir necessidades mais imediatas dando apoios que vão desde a doação de cestas básicas e ajudas de custos em passagens de ônibus, por exemplo, até a capacitação dos trabalhadores. Parte dos atendidos estão aprendendo a fazer artesanatos que são vendidos na loja montada dentro da casa de apoio. “É um projeto piloto para estimular a economia solidária, mas queremos ampliar. A ideia é abrir oportunidades de trabalho para essas pessoas que normalmente têm dificuldade de ser inseridas no mercado formal”, explica Jarbas.

O movimento é bancado com doações e vendas dos artesanatos. Os interessados em apoiar o grupo podem entrar em contato pelo telefone (31) 9 8456-2772. Ajudas financeiras podem ser feitas pela Caixa Econômica Federal, Agência 2984, Operação 003, Conta Corrente 3157-8.

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