Quem teve que passar pelo Centro de Belo Horizonte entre o fim da manhã e início da tarde desta quarta-feira (17) percebeu que o trânsito estava simplesmente caótico. O transtorno foi causado por taxistas, que protestaram contra o aplicativo Uber.

A manifestação aconteceu na avenida Afonso Pena, em frente ao portão do Parque Municipal, no "coração" da cidade. Contudo, houve reflexo em várias vias da região central e área hospitalar. 

Além do intenso congestionamento, os motoristas, incluindo ônibus, tiveram que mudar a rota para conseguir prosseguir viagem, o que gerou 'dor de cabeça' para muita gente.

Protesto

O ato dos taxistas teve início por volta das 10 horas, quando eles começaram a se reunir na Afonso Pena. Cerca de um horas depois, aproximadamente 200 manifestantes já estavam no local.

Conforme o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTrans), eles bloquearam todas as pistas da via no sentido rodoviária. Depois, o grupo foi para a calçada mas, por volta das 13h, retornou para a avenida, onde ocupou duas faixas.

De acordo com a BHTrans, durante o ato o tráfego ficou impedido entre as avenidas Carandaí e Álvares Cabral, e o desvio foi feito pela avenida Guajajaras.

Algumas das vias mais afetadas foram ruas dos Caetés, Bahia, Guaicurus, Goiás e avenida Alfredo Balena. Ainda segundo a autarquia responsável por gerenciar o trânsito na cidade, a Afonso Pena foi totalmente liberada às 16h10. A lentidão, no entanto, prosseguiu na região, principalmente com a hora de hush se aproximando.

Taxistas protestam contra Uber e fecham parte da Afonso Pena

Reunião

Os taxistas marcaram o protesto no dia em que a Comissão de Legislação e Justiça da Câmara Municipal irá discutir a lei 10.900/2016, que barra o uso do Uber em BH, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A sessão estava prevista para começar às 13h30.

A reportagem entrou em contato com o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir-MG), Ricardo Faedda, mas ele não atendeu as ligações

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