Recapeamento entre BH e Ipatinga como prêmio de consolação

Alessandra Mendes
amfranca@hojeemdia.com.br
08/06/2016 às 20:14.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:48
 (Cristiano Machado)

(Cristiano Machado)

Já que o sonho da duplicação não vai se concretizar tão cedo, como prêmio de consolação, a chamada “Rodovia da Morte” será contemplada com uma obra de recapeamento no trecho entre Belo Horizonte e Ipatinga, no Vale do Aço. O trabalho, orçado em cerca de R$ 60 milhões, deve começar ainda neste ano.

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"Como não tenho obra de implantação imediatamente, eu preciso dar um retorno para a sociedade e para o próprio órgão. Então, a proposta é a recuperação do pavimento, pois a última intervenção estrutural foi há 12 anos”, diz o superintendente do Dnit em Minas, Fabiano Cunha.

Além do recapeamento, será implantado um sistema de sinalização horizontal e vertical. “Isso vai garantir ao usuário, de imediato, uma sensação de conforto e segurança e reduzir drasticamente o número de acidentes. Eu não tenho dúvida disso”, prevê Cunha.

O gasto com esse tipo de obra é bem menor do que o que seria aplicado na duplicação, por isso a intervenção pode ser viabilizada mesmo neste momento de crise e contenção de despesas. “São rubricas diferentes, autorizações diferentes. Nesse caso da manutenção, o Dnit já tem disponibilizado o recurso necessário. Além disso, não será tudo gasto neste ano”, explica o superintendente.

O cronograma inicial prevê que a licitação seja feita em agosto e a obra comece em setembro ou outubro. O certame deverá ser feito na modalidade pregão, que é mais rápido. Todo o trecho será recuperado, exceto os locais onde a duplicação deve ser retomada no ano que vem, ou seja, nos lotes 3.1 e 7.

Sem previsão

Nesse cenário de falta de recursos e licitação de recapeamento, um edital de chamamento para duplicação do trecho que vai de BH a Caeté (lotes 8A e 8B) deve ficar de lado. Até o início do ano, o Dnit admitia que estava reavaliando o projeto para voltar com a proposta para o mercado. Entretanto, não há sequer alguma previsão de data para que isso ocorra.

“É preciso um pouco mais de tempo para avaliar. Não adianta colocar de novo na praça da forma como foi feito antes porque não vamos ter sucesso novamente. Qualquer coisa que eu disser agora é chute, eu não tenho previsão no momento”, afirma Cunha.

O entrave que envolve os dois lotes, além da falta de recursos do atual momento, é a dificuldade causada pelo reassentamento de centenas de famílias que vivem ao longo do trecho. Nas duas licitações lançadas anteriormente, as tentativas foram frustradas porque os valores pedidos pelas empresas estavam bem acima do limite previsto no edital.

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