Resultado da limpeza na Lagoa da Pampulha será apresentado só em fevereiro

Alessandra Mendes
amfranca@hojeemdia.com.br
30/12/2016 às 08:15.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:15

Termina amanhã o prazo previsto em contrato para que a empresa que trabalha na limpeza da Lagoa da Pampulha deixe a água dentro dos parâmetros aceitáveis para a prática de alguns esportes náuticos e pesca amadora. Mas na avaliação de turistas e moradores<CW12> que frequentam o cartão-postal da capital mineira, a meta, que não havia sido alcançada até o início desta semana, parece distante da realidade.

“Dá para ver muita sujeira boiando. Se já não soubesse que está sendo feito algo para limpar, diria até que nada aconteceu. Não dá para ver muita diferença porque ainda está suja”, afirma a professora Danielle Meireles, de 43 anos, que mora em BH.

Ela aproveitou o período de férias para passear com o filho e as amigas na Lagoa da Pampulha. A também professora Luciana Pinto, de 37 anos, concorda que os resultados da “faxina” ainda não são aparentes. “Até agora não percebemos a diferença”.

Mesmo quem não conhece o ponto turístico de longa data e, portanto, não tem como opinar sobre uma possível evolução no cenário, observa que melhorias precisam ser feitas. 

“Podia ser mais limpo. Da forma como está, a lagoa parece triste e descuidada”, diz a francesa Nina Espinosa, de 23 anos, estudante de arquitetura que veio visitar o complexo arquitetônico da Pampulha e conhecer de perto as famosas obras de Niemeyer.

Além da sujeira, o mau cheiro é outro problema que incomoda os visitantes. Gelson Antônio Santana, de 55 anos, trabalha como vendedor de pipoca bem ao lado da Igrejinha da Pampulha e conta que a falta de cuidado acaba espantando as pessoas. 

“O pessoal reclama da sujeira e pergunta por que motivo as autoridades não fazem nada. A gente fica sem saber o que responder”, diz o pipoqueiro.

Indicadores

De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), as metas progressivas estabelecidas para a melhoria da qualidade da água da Pampulha estão sendo plenamente atendidas, até o momento, pela empresa contratada para executar os trabalhos. O serviço segue cumprindo o cronograma, informou o órgão municipal. 

Entre os cinco principais indicadores de qualidade da água, três já atingiram os padrões estabelecidos para a Classe 3, que é a meta estabelecida. Os outros dois, que medem o nível de cianobactérias e fósforo, ainda não se enquadram nos limites estabelecidos para o padrão de água Classe 3, conforme Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Somente quando o índice atingir esse patamar as águas serão consideradas adequadas para a prática de esportes como iatismo e canoagem. 

Apesar de o prazo para cumprimento da meta se esgotar amanhã, os resultados só serão conhecidos daqui a dois meses. De acordo com a Sudecap, a prefeitura ainda irá receber os relatórios consolidados do último trimestre de 2016 e, depois disso, “serão feitos estudos e outras análises comparativas, sendo que a divulgação dos resultados obtidos está prevista para fevereiro de 2017”. 

Paralelamente a isso, a retirada de lixo da lagoa acontece todos os dias, com a ajuda de dois barcos e uma balsa. O volume diário removido pela Sudecap é de cerca de 10 toneladas durante a estiagem e de 20 toneladas no período chuvoso. 

Leia também:
Mirante Bandeirantes, na Orla da Lagoa da Pampulha, é reinaugurado
Captura de capivaras na orla da Lagoa da Pampulha ainda não surtiu efeito
 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por