Romance fora das tradições ciganas teria motivado o homicídio de uma jovem em Itaúna

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
25/09/2017 às 19:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:43
 (Divulgação PCMG)

(Divulgação PCMG)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) esclareceu um homicídio envolvendo uma jovem de 28 anos e uma família de ciganos, no dia 20 de julho de 2014 em Itaúna, região Oeste de Minas.

A vítima teria um romance com um homem da família cigana e as tradições deste povo só aceitam casamento entre membros da mesma cultura, não podendo se envolver com ninguém de fora. 

O conflito entre os suspeitos e a vítima começou quando o homem, mesmo casado, começou a namorar com a jovem de 28 anos, que não era cigana.

Foram presos pai e filho, de 56 e 26 anos respectivamente, suspeitos de serem os autores do homicídio. Eles são pai e irmão do homem com quem a vítima se relacionava. A irmã dele também é suspeita de ser cúmplice do crime, mas ainda não foi encontrada pela polícia.

Mesmo casado, o homem enfrentou a família declarando o seu relacionamento com a jovem. Diante dos fatos, a família do rapaz passou a ameaçar a vítima. 

No dia do crime, o casal estava em um bar quando a irma do homem chegou e iniciou uma discussão com a vítima. Irritada de ver o irmão com a jovem, a suspeita ligou para os familiares informando a situação. 

Foi então que pai e filho chegaram ao bar atirando contra a jovem, que morreu no local com 11 disparos de arma de fogo, sobretudo nas regiões do abdômen e membros inferiores. 

Os suspeitos viviam há seis anos em um acampamento no distrito de São José dos Salgados, que pertence a Carmo do Cajurú (centro oeste de MG). Após o crime, o grupo cigano dispersou para várias outras cidades de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

O homem, testemunha ocular do crime, também foi vítima de homicídio, no final de 2016, na cidade de Divinópolis. A suspeita é de que o assassinato, que está sob investigação, tenha motivação financeira.

O pai dele já tinha antecedentes criminais por outro homicídio, cometido contra a sogra do filho, em Maringá/PR, e uso de documento falso em Jundiaí/SP. Contra o irmão, consta registro por estupro de vulnerável, em Itaúna.

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