Sócio da boate marcada por tiroteio na Pampulha é preso pela Polícia Civil

Janio Fonseca
jfonseca@hojeemdia.com.br
05/07/2018 às 18:30.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:13
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Um dos proprietários da boate marcada por um tiroteio, na madrugada da última segunda-feira (2), na região da Pampulha, foi preso na tarde desta quinta-feira (5), por obstrução da Justiça e ameaça a testemunha. A Polícia Civil foi até o imóvel em cumprimento a um mandado de busca e apreensão, que tinha como objetivo conseguir mais imagens das câmeras de segurança da casa.

De acordo com assessoria de imprensa da Polícia Civil, o empresário se negou a entregar as imagens aos agentes e ainda ameaçou uma testemunha que acompanhava os procedimentos da polícia. O sócio foi levado para uma delegacia, onde será ouvido e liberado, mas responderá a processo por obstrução da Justiça e por ameaça a testemunha.

A assessoria de comunicação da boate negou que um dos sócios da empresa tenha sido preso. De acordo com a assessoria da casa de shows, a Polícia Civil esteva na boate para o cumprimento do mandado de busca e apreensão, mas encontrou o local fechado. Então, a polícia solicitou o acompanhamento de duas testemunhas que estavam no posto de gasolina, que fica próximo à entrada do estabelecimento, para acompanhar os trabalhos dos agentes que arrombaram a porta para executar o mandado.

Segundo a assessoria da boate, um dos sócios, o gerente e alguns funcionários chegaram ao local no momento em que a PC já estava dentro da casa noturna e todos os presentes foram solicitados a prestar depoimento na delegacia. Confira a nota da assessoria na íntegra:

A boate Jolie, por meio de seu proprietário Jocimar Tomaz, prestou na tarde de ontem esclarecimentos no que diz respeito ao ocorrido em sua porta na madrugada da última segunda-feira. Todas as imagens do circuito de segurança da casa foram disponibilizadas à justiça e os responsáveis estão colaborando com as investigações. O encaminhamento à delegacia se deu, como de praxe, para que fossem colhidos depoimentos e ouvidos funcionários e representantes do estabelecimento. Não houve ofensa à testemunha e muito menos a Jolie se negou em entregar as imagens; elas estão com a polícia desde que tudo aconteceu. Não só de posse dos investigadores, bem como da imprensa e sociedade de modo geral. 

Para o estabelecimento, é de extrema importância que todos tenham conhecimento que o conflito aconteceu fora de suas dependências, como visto, mas que é do interesse do mesmo que as investigações permaneçam sem interrupções e o desfecho desta história se dê o mais breve possível, de preferência, preservando a integridade das vítimas deste episódio.

O caso

De acordo com a Polícia Militar, funcionários da casa disseram que houve uma briga dentro do estabelecimento e, após a confusão, um grupo de pessoas foi expulso pelos seguranças.

Um dos envolvidos, de 20 anos, teria dito que “haveria volta”, referindo-se a uma possível vingança. Quando a boate estava fechando, ele retornou armado, encapuzado e disparou contra quem estava na porta. Um policial militar que estava no local à paisana reagiu e matou o atirador.

Seis pessoas ficaram feridas. O PM que reagiu foi ferido na perna, mas passa bem. Uma vítima de 29 anos, em estado grave, e outra de 24, que apresenta melhoras, estão internadas no hospital Risoleta Tolentino Neves. Um homem de 48 anos foi transferido do para um hospital particular.

Outras duas vítimas, de 26 e 29 anos, receberam alta médica.

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