Homens do Ocidente estão menos férteis que há 40 anos, aponta pesquisa

AFP
horizontes@hojeemdia.com.br
31/07/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:48
 (Pixabay/Divulgação)

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PARIS – A quantidade média de espermatozoides entre os homens dos países ocidentais caiu pela metade em 40 anos, segundo um estudo que manifesta preocupação sobre as consequências dessa redução para a fertilidade masculina, embora especialistas alertem que esses dados devem ser interpretados com cautela.

Entre 1973 e 2011, a concentração de espermatozoides passou de em média 99 milhões por mililitro de esperma a 47 milhões, segundo este estudo, publicado na revista especializada Human Reproduction Update.

Este nível se mantém, porém, em uma margem “normal”, fixada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de entre 15 milhões e 200 milhões de espermatozoides por mililitro. Além disso, uma concentração inferior a 15 milhões também não é necessariamente sinônimo de infertilidade.

Esta análise revisou 185 estudos sobre o tema realizados entre 1973 e 2011, que compreendem 43 mil homens da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia.

Os pesquisadores não encontraram reduções significativas na América do Sul, Ásia e África – regiões onde foram realizados poucos estudos.
Além do impacto na fertilidade, uma quantidade reduzida de espermatozoides também pode estar vinculada a outros problemas de saúde, que podem ser provocados por fatores ambientais, como exposição a pesticidas, estresse, tabagismo e dieta desequilibrada.

“Este artigo representa um avanço para esclarecer os dados” disponíveis, mas “falta muito trabalho” para confirmar o fenômeno e determinar as causas, adverte Allan Pacey, professor de Andrologia na Universidade de Sheffield (Reino Unido).

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