Homens jovens são os mais atingidos pelo vírus HIV, segundo Ministério Saúde

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
30/11/2016 às 17:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:53

O Ministério da Saúde, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids, divulgou nesta quarta-feira (30) um boletim epidemiológico da doença no Brasil. De acordo com o levantamento, que conta com dados de 1980 até 2015, o país possui um total de 827 mil casos, com  489 mil pessoas em tratamento e  112 mil pessoas que não sabem que vivem com o HIV.

Mudança de perfil

Conforme o documento do Ministério da Saúde, as populações mais vulneráveis à doença são os homens mais jovens. Enquanto que em 2006, a razão entre os sexos era 1,0 caso em mulher para cada 1,2 casos em homem, em 2015, é de 1 caso em mulher para cada 3 casos em homens.

Além disso, os casos em mulheres tem apresentado queda em todas as faixas, em especial, na faixa de 25 a 29 anos. Em 2005, eram 32 casos por 100 mil habitantes. Em 2015, esse número foi de 16 casos por 100 mil habitantes. Já entre os jovens do sexo masculino, a infecção cresce em todas as faixas etárias. Entre jovens de 20 a 24, por exemplo, a taxa de detecção subiu de 16,2 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015. 

Para a diretora do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, essa vulnerabilidade pode ser explicada por várias hipóteses, como o fato dos jovens não frequentarem os serviços de saúde e a própria negação de sua condição do soropositivos.

Transmissão vertical

Uma boa notícia é a redução o número de detecção de Aids em menores de cinco anos, que caiu 36% nos últimos seis anos, passando de 3,9 casos por 100 mil habitantes, em 2010, para 2,5 casos por 100 mil habitantes, em 2015. A taxa em crianças dessa faixa etária é usada como indicador para monitoramento da transmissão vertical do HIV.

O ministro Ricardo Barros explicou que “a redução de 36% na transmissão de mãe para filho foi possível graças a ampliação da testagem, que promovemos nos últimos anos, aliados ao reforço na oferta de medicamentos para as gestantes”.

Redução mortalidade

Outro dado que consta no novo Boletim é a queda 42,3% na mortalidade em 20 anos. Segundo o Minsitério da Saúde, o incentivo ao diagnóstico e ao início precoce do tratamento, antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas da doença, refletiram na redução dessas mortes. A taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2015. Os dados se referem ao ano de 2015.

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