Minas tem 35 casos suspeitos de sarampo sob investigação; 'Dia D' de vacinação acontece neste sábado

Daniele Franco
dfmoura@hojeemdia.com.br
17/08/2018 às 17:05.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:58
 (Fotos Públicas)

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Um novo boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (17), pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), revelou uma queda no número de casos suspeitos de sarampo investigados no território mineiro em relação ao último informe. 

De acordo com o balanço, desde janeiro deste ano já foram notificados 150 casos suspeitos, dentre as quais 115 foram descartados e outros 35 continuam sob investigação pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). 

O maior número de casos se concentra entre crianças de seis meses a um ano, que, juntas, somam 32% das notificações. Baseada nas estatísticas, a SES considera crianças entre 1 e 4 anos o perfil epidemiológico mais atingido pela doença. 

Entre as regiões mineiras, as que mais apresentaram notificações à SES foram Centro, Oeste, Leste e Triângulo Mineiro. No mapa, é possível identificar os pontos de notificações, sendo que o tamanho dos pontos corresponde ao volume de casos originados no local. Reprodução/SES-MGRegiões Centro, Oeste, Leste e Triângulo Mineiro são as que mais notificaram

Prevenção 

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. Em 2016, o Brasil ganhou um certificado da Organização Mundial da Saúde que atestava a eliminação da circulação do vírus do sarampo. Porém, em fevereiro deste ano, o país registrou seus primeiros casos na região Norte devido ao intenso fluxo migratório de pessoas naturais de outros países das Américas. 

A forma mais eficiente de prevenção e combate ao sarampo é a vacina Tríplice Viral, que é administrada em crianças e previne, além do sarampo, contra a rubéola e a poliomielite. Postos de saúde de todo o Estado realizam, neste sábado (18), entre 8h e 17h, o Dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite, quando serão imunizas crianças entre um e quatro anos de idade. A vacina será aplicada de forma indiscriminada, ou seja, mesmo as crianças com a vacinação em dia deverão tomar uma dose de reforço. 

Em Belo Horizonte, a expectativa da PBH é imunizar 109.439. Na capital, todos os 152 estão preparados e a capital recebeu 169 mil doses da vacina contra o sarampo e 131.151 das vacinas contra pólio. 

Baixa cobertura 

Apesar da intensa campanha de conscientização sobre a importância da vacina, a cobertura vacinal em Minas Gerais continua em níveis insatisfatórios. De acordo com o boletim revelado nesta sexta-feira, a cobertura contra o sarampo está em 23,9% entre o crianças de um a quatro anos. O objetivo da campanha é atingir o percentual ideal de cobertura, que é de 95%, em todos os municípios. Em 2018, apenas 44,7% das cidades mineiras têm cobertura satisfatória da tríplice viral. 

Além de crianças entre um e quatro anos, outras faixas etárias também podem receber a imunização de cordo com o esquema da SES-MG: 

- Aos 12 meses de idade, a criança deverá receber a primeira dose da vacina tríplice viral (que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba). 
- Aos 15 meses de idade, a criança deverá receber a segunda dose com a vacina tetraviral(contra o sarampo, a rubéola, a caxumba e a catapora/varicela) ou a vacina tríplice viral e a de varicela monovalente. 
- De 02 a 29 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverão receber duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias da primeira dose.
- De 30 a 49 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverá receber apenas uma dose.
- Após 49 anos de idade, não é necessário a vacinação porque são consideradas imunes.
- Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas e outros), independente da idade, devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.
- Profissionais de transporte (taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e ônibus), profissionais do turismo (funcionários de hotéis, agentes, guias e outros), viajantes e profissionais do sexo devem manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais.

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