Atenção para as dores nas costas. Embora sejam comuns, as causas variam e podem indicar, em alguns casos, até mesmo a presença de tumores.   O alerta é do ortopedista Christiano Simões, especialista em coluna do Hospital Felício Rocho. “Em raros casos, dores nas costas são sintomas de tumor, estando presentes em diversas outras patologias e ficando atrás somente da dor de cabeça. No entanto, quando a pessoa já teve câncer e apresenta dor constante, que não responde à medicação, piora à noite e está associada a sinais como falta de apetite e perda de peso, é necessário procurar um especialista”, ressalta o médico.   Entre as principais causas de tumor maligno na coluna ele aponta as metástases, que têm origem em tumores de outras partes do corpo, como pulmão, próstata, mama e migram para a região das costas. “Os tumores benignos se originam na própria coluna”, ressalta.   Ninguém precisa entrar em pânico por causa de uma dor nas costas, segundo o médico, mas nenhuma dor deve ser subestimada, já que é sinal de que algo não está funcionando 100% no organismo.   “O paciente não deve se acostumar a sentir dor e acreditar que um quadro doloroso na coluna é normal, pois pode retardar o tratamento que seria iniciado em caso de tumor”, diz.   As lesões que acometem a coluna podem apresentar diversos sintomas – desde dor localizada a eventuais complicações associadas a fraturas, por exemplo. “Daí a importância do diagnóstico precoce, para identificar a real causa da dor e evitar quadros que vão de alterações neurológicas parciais à paraplegia ou tetraplegia, dependendo do local afetado”.   Tratamento Eficaz   Uma lesão na coluna pode afetar seriamente a qualidade de vida. Por isso, é fundamental diagnosticar e dar início ao tratamento o quanto antes. “O tratamento pode ser clínico, oncológico ou cirúrgico, vai depender do tipo de lesão e do sintoma que essa lesão esteja provocando”, diz.   Terapia   Nos casos benignos, a cirurgia de ressecção total da lesão é viável, promovendo cura.   Em tumores malignos, que não respondem a terapias ou ameaçam comprometer a qualidade de vida, é indicado recorrer à cirurgia, que vai garantir a mobilidade e reduzir a dor. “As cirurgias são bastante seguras e de extrema eficácia na maioria dos casos”, conclui o ortopedista.

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