Saiba como comprar carne fresca e congelada para garantir uma alimentação saudável

Da Redação*
portal@hojeemdia.com,
23/03/2017 às 15:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:51
 (Divulgação)

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A Operação "Carne Fraca", que revelou irregularidades encontradas em alguns dos maiores frigoríficos brasileiros, deixou muito consumidor com medo. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais levantou alguns pontos que devem ser levados em conta na hora de ecolher o produto.

A diretora de vigilância de alimentos da SES-MG, Ângela Ferreira, destaca que as carnes somente devem ser adquiridas e consumidas se forem fiscalizadas pelos órgãos competentes (veja abaixo quais são). “A forma de verificar se houve fiscalização é a presença do selo dos citados órgãos na rotulagem. Além dos rótulos, devem ser observada as características do produto, especificamente em relação às carnes embaladas a vácuo. É importante o consumidor observar se as carnes embaladas a vácuo apresentam coloração vermelho arroxeado e se elas retornam a essa coloração normal cerca de 20 minutos após a embalagem ser aberta”, orienta.

Já para carne fresca, que não possue rótulo, o consumidor deve observar a presença de carimbo nas peças (que recebem uma marcação em tinta com o número de registro) comercializadas nos açougues. Caso o carimbo não esteja mais visível, devido ao corte da peça, ele pode questionar ao funcionário do estabelecimento sobre a origem da peça. “O consumidor deve observar os aspectos desses produtos, que devem se apresentar coloração vermelho intenso, sem mau cheiro, estar armazenada em uma gôndola com temperatura apropriada e em um ambiente bem higienizado”, aponta Ângela.

Conservação doméstica

A diretora de vigilância de alimentos da SES-MG, Ângela Ferreira, destaca também que a carne bem conservada apresenta coloração vermelha intensa. Já a carne que não se encontra em bom estado de conservação apresenta uma coloração escura. “Quando ela estiver amarelada ou esverdeada é sinal que está imprópria para consumo. A forma mais fácil de saber se a carne está estragada é por meio de seu cheiro, se estiver com odor desagradável, ela não deve ser consumida”, afirma. 

Quem deve fiscalizar

O controle e fiscalização de alimentos no Brasil é uma responsabilidade compartilhada entre órgãos da Agricultura (Secretarias e Ministério) e o Sistema Único de Saúde (SUS). Cada um com as suas responsabilidades e atribuições. 

Os órgãos da Agricultura são responsáveis pela normatização e controle dos abatedouros, frigoríficos e das indústrias de processamento de produtos de origem animal, a exemplo de carnes e seus produtos derivados, bem como pela garantia da qualidade desses produtos.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Serviço de Inspeção Federal (SIF), é responsável pelos produtos comercializados nacional e internacionalmente.

“No âmbito estadual, a responsabilidade de fiscalização dos produtos de origem animal é do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), enquanto os produtos fiscalizados pelos Serviços de Inspeção Municipais (SIM) somente podem ser comercializados nos municípios onde são produzidos”, explica  Ângela Ferreira.

Além disso, cabe a Vigilância Sanitária, tanto estadual como municipal, em relação aos produtos de origem animal, atuar de forma complementar a fiscalização dos órgãos da Agricultura, no controle dos estabelecimentos comerciais, tais como serviços de alimentação, supermercados e açougues.

Dicas importantes: 

  • O transporte das carnes do supermercado à casa deve ser o mais breve possível e, se possível, elas devem ser levadas em sacolas térmicas.
  • As carnes frescas devem ser mantidas no refrigerador em temperaturas inferiores a 7 graus até o momento do preparo.
  • Recomenda-se consumir a carne refrigerada em até 48 horas após a compra.
  • As carnes congeladas devem ser mantidas no congelador, sempre de acordo com a data de validade de cada produto (disponível na embalagem).
  • As carnes devem ser descongeladas de maneira lenta, dentro de um refrigerador, não devendo ser descongelada em temperatura ambiente ou em água quente.
  • Não se deve congelar novamente as carnes que já tenham sido congeladas anteriormente.
  • O consumo de embutidos também merece uma atenção especial. Eles são pobres em fibras, vitamina e minerais, possuem elevada quantidade de sal, açucares, gorduras saturadas e alta concentração de aditivos químicos. De acordo com as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira (2015), o consumo de embutidos, assim como todos os alimentos ultraprocessados deve ser evitado, uma vez que já é comprovada sua associação com diversos tipos de câncer, doenças cardiovasculares, deficiências nutricionais e obesidade.

*Fonte: SES/MG

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