Samarco prorroga lay-off de 1.216 trabalhadores de Minas e ES

Da Redação
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27/04/2016 às 19:31.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:09
 (Cristiano Machado/Hoje em Dia)

(Cristiano Machado/Hoje em Dia)

A mineradora Samarco prorrogou, por mais dois meses, o lay-off (suspensão temporária de contratos) de 1.216 trabalhadores que atuavam em Minas Gerais e no Espírito Santo. Conforme a empresa, a medida é um esforço para evitar demissões em massa. Assim, os empregados estão com os contratos suspensos até 25 de junho.

As atividades da mineradora estão suspensas desde novembro quando houve o rompimento da barragem Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, região Central de Minas. 

Nos dois primeiros meses após a tragédia, a Samarco adotou licença remunerada e férias coletivas. Em janeiro, os trabalhadores foram colocados no lay-off por três meses (até abril). Desde então, eles estão fazendo cursos de qualificação.

"Vale destacar, que nestes cinco meses de suspensão temporário de contrato de trabalho os empregados tem acesso a uma bolsa do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em torno de R$ 1.400,00, com a empresa complementando o salário até atingir o líquido que cada trabalhador recebia antes da paralisação da empresa.  Os empregados também continuam a receber todos os benefícios que tinham a exemplo do plano de saúde", garantiu a Samarco por meio de nota.

A empresa ressaltou, em comunicado, que "considera imprescindível o retorno às operações não somente para cumprir os compromissos assumidos no acordo, mas também para gerar caixa e assim analisar a manutenção dos empregos".

Tragédia

A barragem Fundão, da Samarco, se rompeu no dia 5 de novembro de 2015. O vazamento provocou uma "tsunami" de rejeitos de minério, devastou vilarejos, matou 19 pessoas.

O colapso da barragem gerou uma onda de lama que percorreu 55 km do Rio Gualaxo do Norte até atingir o Rio do Carmo, no qual percorreu mais 22 km, e chegar ao Rio Doce, no qual viajou mais algumas centenas de quilômetros até chegar ao mar, 16 dias depois, no norte do Espírito Santo.

No total, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 663 km de rios foram diretamente impactados. No trajeto, aproximadamente 40 bilhões de litros de rejeitos de minério matou várias espécies de peixes.

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