Secretaria de Estado de Saúde alerta para surto de malária em Diamantina

Da Redação*
04/01/2017 às 14:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:18

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou nesta quarta-feira (4) que foram identificados seis casos de malária causadas por Plasmodium virax em Diamantina e em Garimpo Areinha, no Vale do Jequitinhonha. Segundo a pasta, todos os infectados foram internados, mas já receberam alta, evoluíram para cura e estão realizando exames de controle da doença.

O Local Provável de Infecção (LPI) é o Garimpo Areinha, formando por pequenos garimpos, distante a 140 km do município de Diamantina e localizado nos Distritos de Inhaí e Maria Nunes, ao longo do rio Jequitinhonha. O Garimpo Areinha possui uma população com cerca de mil a dois mil habitantes, com extensão territorial ao longo do Rio Jequitinhonha de aproximadamente de 30 a 40 km.

Por causa do surto, os municípios de Diamantina, Couto Magalhães de Minas e Olhos D’Água estão em alerta. A SES alerta os moradores dos municípios vizinhos que possuem divisa ou estão ao longo do rio Jequitinhonha onde há atividade deste Garimpo.

Dados

Dos oito casos registrados, um caso foi notificado no município de Lima Duarte, em 2015, um em Simonésia e seis foram notificados na área do Garimpo de Areinha no ano passado.

A doença

A malária é uma doença febril aguda. Tem como agentes etiológicos o Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. Knowlesi. Das cinco espécies causadoras da malária humana, o Plasmodium falciparum, o mais letal, e o Plasmodium vivax, são os mais comuns no Brasil. 

Em poucos dias de infecção o P. falciparum propicia quadro grave, por isto, todo suspeito de malária deve, de imediato, ser submetido ao exame laboratorial. Já o Plasmodium vivax apresenta um quadro de clínico mais brando, de febre, mal estar, cefaleia, porém se não tratado o paciente pode levar a complicações e óbitos.

Sinais

Os sintomas iniciais são comuns as diferentes espécies de plasmódio. O quadro cínico típico é caracterizado por febre, calafrios, fraqueza, cefaleia, mal estar, o que pode depender das espécies de Plasmodium.

É necessário o exame laboratorial, além disso, avaliação do histórico de deslocamento do paciente suspeito como o diagnóstico diferencial nos casos com febre, particularmente naqueles com história de viagens a área de risco.

Diagnóstico

O diagnóstico correto só é possível pela demonstração do parasito, ou antígenos relacionados no sangue periférico do paciente. Pela organização Mundial de Saúde (OMS) o exame da gota espessa de sangue é considerado padrão ouro. O teste rápido auxilia, no diagnóstico inicial.

Tratamento

O tratamento da malária é realizado segundo a espécie de plasmódio infectante pela especificidade dos esquemas terapêuticos, gravidade do caso e idade do caso.

Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (MS), o início do tratamento deve ser em tempo oportuno (em até 48 horas do início dos primeiros sintomas) e tem cura.

*Com Secretaria de Estado de Saúde

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